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De acordo com pesquisa do Procon Araxá, a diferença de preço de um produto da mesma marca pode girar em torno de 200%.

Estabelecimentos comerciais que trabalham com material escolar recebem grande quantidade de consumidores no mês de janeiro. Gastos como IPVA, DPVAT, Taxa de Licenciamento e material escolar são preocupações dos pais, após as festividades de fim de ano.

Para o gerente de uma papelaria, Juarez Barreto, apesar de os brasileiros terem o costume de deixar tudo para a última hora, o que dificulta um pouco o atendimento nas duas últimas semanas, o aumento de pessoas em seu estabelecimento já é significativo. “Tendo em vista que as aulas já começam na primeira quinzena de fevereiro, o aumento gira em torno de 4 a 5% por ano, devido à demanda de novos estudantes, e para atender bem a todos houve a contratação de 8 a 10 novos funcionários”, explicou.

O Procon Araxá fez uma pesquisa que revelou uma diferença de preço muito grande entre produtos de marcas iguais ou diferentes em oito estabelecimentos que trabalham com essa demanda. Desde a última sexta-feira, 13, a lista está disponível na sede do Procon Araxá, situada na rua Presidente Olegário Maciel.

Segundo a supervisora do Procon Araxa, Neida Reis, a pesquisa apontou uma diferença de preço de até 200%. “Pesquisamos oito tipos de estabelecimentos que trabalham justamente com material escolar para facilitar a vida dos consumidores e a gente verificou que vale a pena pesquisar porque tem diferença do mesmo produto de uma mesma marca entre um estabelecimento e outro, que chega a ser interessante, de até 200%”, comentou.

Trinta e dois itens básicos de material escolar passaram por essa pesquisa. “Um simples apontador, no caso aqui, o Faber Castel, a diferença que encontramos entre o maior (R$ 1,25) e o menor preço (R$ 0,50) é de 150%. O Caderno Tilibra, por exemplo, de 60 folhas, o maior preço dele é R$ 4,90, o menor, R$ 1,64, de 198%; Temos também o caderno universitário, capa dura de 10 matérias, a diferença dele é de 260%, o maior preço, R$ 24,60 e o menor, R$ 6,90”, explicou.

A supervisora esclareceu que essa diferença se estabelece por cada estabelecimento ter um custo operacional e margens de lucro diferentes. “Cada estabelecimento, de acordo com o seu custo, ele acaba que coloca o valor em seu produto, mas a gente observa em alguns casos que o próprio produto, principalmente o caderno, que temos aquela história, um ator ‘X’ naquela capa, um desenho ‘Y’ na outra, acaba aumentando o preço do produto e não vai mudar em nada a vida do estudante. Cabe a cada pai ter discernimento na hora da compra, pois aquele produto mais barato que tenha o mesmo fim do mais caro pode lhe servir”, argumentou.

A auxiliar do lar, Leana Ribeiro, já se antecipou às compras de material escolar, pois segundo ela, os gastos aumentam. “Eu ando demais e pesquiso muito, porque são três filhos estudando e como é sabido, é a época que mais se gasta no ano. O começo das aulas já está aí, batendo na nossa porta. Eu trago os meus filhos, eles escolhem, mas vou regulando para comprar dentro dos meus limites”, disse. “São muitos itens e, às vezes, a gente pode se perder”, colocou Maria Abadia de Paiva, mãe de duas filhas.

A pesquisa completa do Procon está à disposição dos pais no anexo da Prefeitura, antigo Hotel Pinto, na rua Presidente Olegário Maciel. Para mais informações, o número de contato é (34) 3662-2444. “O Procon sempre está à disposição dos consumidores para orientação e é importante a gente ressaltar aqui que a escola não pode exigir marca de produto, que os pais comprem em determinado estabelecimento, então aquela escola que está obrigando alguém a fazer isso, claro, pode fazer uma reclamação no Procon”, finalizou Neida.

 

Por admin

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