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O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, recebeu o diretor-presidente da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) Eduardo Oliveira. A CBMM é líder mundial na tecnologia com nióbio e responsável por 90% da produção global de produtos industrializados do metal, que possui um alto valor agregado sendo comercializado pelo preço que varia de R$40 mil a R$110 mil a tonelada. Como forma de comparação o nióbio tem o valor de 200 a 300 vezes maior do que do minério de ferro, no mercado internacional.

O nióbio é um metal encontrado na natureza em sua forma oxidada. Ao contrário do que muitos pensam, não é raro, sendo encontrado em 85 lugares em todo o mundo. É por meio de produtos industrializados que o metal pode ser adicionado ao aço e outros materiais, proporcionando melhoria no desempenho, ciclo de vida e otimização de custos.

O Brasil é o terceiro país no mundo na utilização do nióbio, sendo o terceiro no mundo em consumo. O material é utilizado na indústria automobilística, na fabricação de dutos de óleo e gás, na fabricação de aços estruturais, aços inoxidáveis além de outras aplicações como na indústria aeronáutica como por exemplo na construção de turbinas de aeronaves.

Segundo o diretor-presidente da CBMM a companhia tem a projeção de receita em 2021 no valor de R$10 bilhões. Só em impostos a empresa desembolsará este ano, a quantia de R$3 bilhões. “Nosso objetivo número um é aumentar o tamanho do mercado fazendo com que a tecnologia seja difundida. A CBMM investe continuamente na agregação de valor nos seus produtos e sempre trabalha para desenvolver novas tecnologias de aplicação”, revelou Oliveira.

Também presente na reunião, o vice-presidente da companhia, Ricardo Lima, destacou que a empresa investe anualmente R$200 milhões em pesquisa e desenvolvimento e possui uma capacidade de produção anual maior do que a demanda. “Temos a capacidade de produzir 150 mil toneladas de produtos do nióbio por ano. O recorde de demanda foi em 2019 com 120 mil toneladas”, comparou.

Ao final da apresentação Marcos Pontes demonstrou interesse em parcerias em pesquisa e desenvolvimento do metal para diversas aplicações dentre elas a bateria. “No futuro todos os carros serão elétricos. Ter uma empresa brasileira com capacidade tão grande para desenvolver a aplicação do nióbio em baterias é estratégico para o país. O governo tem total interesse em colaborar no que for possível nesta empreitada”, declarou.

O ministro do MCTI destacou ainda que um possível caminho para auxiliar os projetos no setor seria por meio de chamadas públicas via Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI). “O Brasil possui muitos pesquisadores qualificados. Queremos transbordar todo esse conhecimento gerando empregos, renda e nota fiscal para o país”, finalizou.

Também participaram do encontro a chefe do Departamento Jurídico e relações Institucionais, Renata Ferrari, o secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTI, Paulo Alvim e a secretária de Articulação e Promoção da Ciência, Christiane Corrêa. (gov.br)

Por Editor1

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