Inflação deu “galopada”, mas vamos trazê-la para baixo, diz Haddad
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BRASÍLIA (Reuters) – A inflação brasileira “deu uma galopada”, mas será controlada, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta sexta-feira, após dados mostrarem que a alta dos preços desacelerou em março frente ao mês anterior, mas aumentou no acumulado em 12 meses.
“Ela deu uma galopada, vamos trazer já para baixo para não ter susto”, disse em entrevista à Rádio BandNews FM, após afirmar que o governo está cuidando do tema para evitar a aceleração da inflação observada na gestão do presidente Jair Bolsonaro, quando ultrapassou 10% sob influência da pandemia de Covid-19.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo subiu 0,56% em março, depois de uma alta de 1,31% em fevereiro, mostraram dados do IBGE nesta sexta-feira, mas os preços de alimentos continuaram a pesar no bolso dos consumidores, levando a inflação acumulada em 12 meses a quase 5,5% mesmo diante do aperto monetário realizado pelo BC.
A meta contínua para a inflação é 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.
Na entrevista, Haddad ressaltou que o governo adotou medidas de ajuste fiscal enquanto o Banco Central fez seu trabalho na política monetária, dois movimentos que colaboram para o arrefecimento da inflação.
O ministro negou que novas medidas do governo tenham o objetivo de acelerar a atividade enquanto o BC busca uma desaceleração para frear a alta de preços no país.
Ele voltou a argumentar que o novo sistema para liberação de crédito consignado a trabalhadores privados não é destinado a estimular o consumo, e sim fazer com que endividados troquem dívidas caras por débitos com juros mais baixos.
Haddad ainda defendeu a aprovação do projeto de reforma do IR apresentado pelo governo, que isenta quem ganha até R$5 mil por mês e cria uma taxação mínima para pessoas de alta renda, argumentando que a proposta tem elevado apoio popular.
O ministro afirmou que há um acordo com lideranças do Congresso para que o projeto mantenha o equilíbrio fiscal, defendendo também a premissa da medida de combater a desigualdade.
“Somos a favor do equilíbrio das contas públicas, mas somos a favor de que quem não contribui passe a contribuir para ajustar as contas”, disse.
GUERRA COMERCIAL
Em meio à guerra comercial aberta pelos Estados Unidos, o ministro afirmou que o Brasil tem capacidade de enfrentar qualquer situação externa adversa com condições de superá-la, destacando que o país tem um colchão de proteção para se defender de turbulências.
Haddad afirmou não acreditar que o Brasil sofrerá queda do PIB como consequência da crise externa. “Nós podemos, eventualmente, ter algum impacto, mas a economia brasileira segue saudável”, disse.
Apesar da redução de tarifas recíprocas por 90 dias anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Haddad afirmou que o cenário ainda não se estabilizou.
“Vamos ver se Trump agora começa a conversar um pouco mais com as pessoas até para evitar essas idas e vindas”, disse, após avaliar que o recuo na elevação de tarifas ocorreu por pressão de aliados de Trump e empresários.
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