Logo Jornal Interação


Tributária. Muitos dos debates ficam centrados sobre como encontrar formas de isentar empresários do pagamento de certos impostos, e nem sempre, sobre como utilizar o fisco para promover certas categorias profissionais que são fundamentais para a sociedade e outros mecanismos e ações que podem resultar em melhoria social.
Esse é um tema difícil, mas, repito, cujo debate honesto é necessário. Não existem países verdadeiramente desenvolvidos, com PIB (Produto Interno Bruto) e IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) elevados, sem uma Educação de qualidade. Países desenvolvidos e prósperos, possuem uma população educada e esclarecida. Estender o benefício do livro-caixa aos professores seria uma forma de colaborar para diminuir o problema da falta de educadores em certas áreas e disciplinas e em determinadas regiões e, também, uma forma de incentivar e fomentar os profissionais desta categoria a buscarem mais atualização e formação, sabendo que parte destas despesas poderiam ser deduzidas do imposto de renda a pagar.
Alguns irão dizer que a maioria do professorado brasileiro tem pouco ou nenhum imposto de renda a pagar e que mais indicado seria uma política de subsídio para custear a atualização e aperfeiçoamento profissional dos educadores. É provável que esse argumento tenha fundamento. Seria preciso um levantamento nacional criterioso sobre o caso. Mas entendo que essas iniciativas, livro-caixa e subsídios não são excludentes, ao contrário, podem ser complementares.
O certo é que precisamos criar no Brasil uma política pública nacional que viabilize a atuação dos professes no magistério da Educação Básica e até Superior. Certamente, ela se enquadra dentro da chamada Valorização do Magistério já prevista em lei. Temos que agir se quisermos superar o quadro de escassez de profissionais dedicados ao magistério e elevar nosso quantitativo de professores pós-graduados e facilitar-lhes a acesso a atualizações.
Dito de outro modo, se o “leão” do imposto de renda operasse com regras mais seletivas e aprazíveis e menos draconianas para os educadores, o número de interessados e de professores pós-graduados certamente sofreria um saudável aumento no Brasil.
Enfim, por um “leão” mais seletivo, menos draconiano, mais justo e benfazejo com categorias necessárias a manutenção, desenvolvimento e aperfeiçoamento de nossa sociedade, em especial os profissionais da Educação.

Prof. Luciano Marcos Curi – Pós-Doutor em História Social – IFTM – Câmpus Uberaba – Contato: lucianocuri@iftm.edu.br

Por Editor1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *