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Coluna do Francisco Géa

10//10/2019- 12:59

PorEditor1

out 10, 2019

“DIA 19 DE JULHO O DIA DO CINEMA NACIONAL”

Francisco José Géa

Parte 02

 

“O 1º ESTÚDIO CINEMATOGRÁFICO BRASILEIRO”

Chamava-se de “CINÉDIA”, foi inaugurado no ano de 1930, também na cidade do Rio de Janeiro, o qual localizava-se no bairro de “Jacarepaguá”, sendo que ele foi fundado, construído e idealizado pelo empresário ADHEMAR GONZAGA, o qual era um apaixonado pela “Sétima Arte”. Este estúdio, para a sua época, era um dos estúdios mais modernos e equipados de todo o mundo, sendo que a CINÉDIA, se especializou-se em realizar filmes e comédias musicais, muito bem realizadas, sendo que foi esta Cia, que teve a primazia de lançar para o estrelato a cantora CARMEM MIRANDA, no seu filme de estréia e que se chamava de “ALO, CARNAVAL”, no ano de 1936, sendo que foi este filme que proporcionou a abertura das portas de “Hollywood”, para aquela grande cantora e atriz do nosso cinema.

 

“OS FILMES DE CHANCHADAS”

Os conhecidos e saudosos filmes de “chanchada”, surgiram no ano de 1941, por intermédio dos estúdios da “ATLANTIDA CINEMATOGRÁFICA”, uma conhecida produtora carioca. Eram filmes inocentes, com uma mistura de histórias simples e singelas, recheados de músicas de carnaval, junto com algumas historietas do teatro rebolado, mostrando muita alegria, junto com uma trama onde sempre havia muita confusão em seu final, para tudo terminar bem, onde o mocinho sempre ficava com a mocinha, ao som de muita música, sempre paresentada pelos maiores cantores daquela época, sendo que sempre estavam presente, entre alguns, os cantores, Nelson Gonçalves, Emilinha Borba, Dalva de Oliveira, Marlene, Jorge Veiga, Noel de Almeida, Linda Batista, ao lado das vedetes Virginia Lane, Mara Rúbia e outras, contando sempre com a atuação dos comediantes, Oscarito, Grande Otelo, Ankito, Costinha, Zé Trindade e outros de saudosa memória.

Nestes filmes “carnavalescos de chanchadas”, também sempre estavam presentes artistas como: Anselmo Duarte, Violeta Ferraz, Zezé Macedo, Eliana Macedo, Cyl Farney, Ivon Cury, Renata Fronzi, Catalano, José Lewgoy, gente que entraram para a história do cinema nacional, como nomes impedíveis de muitos filmes dos gloriosos “tempos das chanchadas”.

 

“VERA CRUZ”

É o nome de um estúdio, que surgiu em São Paulo, construído na cidade de São Bernardo do Campo, no final dos anos 40 e inicio dos anos 50, por um grupo de empresários idealistas, apaixonados por cinema, que se propuseram a fazer alguns filmes de muita boa qualidade. Este estúdio foi dotado de tudo que havia de mais moderno em todos os estúdios do mundo. Na VERA CRUZ, foram realizadas muitos bons filmes, pois a proposta deste novo estúdio, era a de  realizar filmes sérios, filmes muito bem realizados, todo muito diferente das “chanchadas” cariocas. E assim foi realizado. Entretanto foi por intermédio da  VERA CRUZ, que surgiu e apareceu para o pais o comediante MAZZAROPI, figura que ficou conhecida por todos, onde o mesmo fez fama e fortuna por muitos anos.

 

“EMBRAFILME”

Foi um órgão do governo federal, criado com o propósito de ajudar e auxiliar o nosso cinema, principalmente na área financeira, infelizmente este órgão já não mais existe, foi extinto há muito tempo, sendo que ele funcionou por mais de 20 anos e o mesmo ajudou e muito o nosso cinema.

 

“O CINEMA NOVO”

Foi um movimento, que surgiu nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, tomando a palavra no sentido exato, ou seja seria uma maneira de realizar filmes bons, tudo em sintonia com a vanguarda intelectual do século XX, pois já haviam surgido a “Nouvelle Vague”, na França, e aqui mesmo, a música, surgiu o bom movimento da Bossa Nova, então um grupo de diretores, escritores e  intelectuais propuseram e criaram o nosso “CINEMA NOVO”, esta feliz reunião de  gente de muito talento, foi que proporcionaram o surgimento de grandes nomes, que foram os de: “NELSON PEREIRA DOS SANTOS”, “GLAUBER ROCHA”, “ROBERTO SANTOS”, “CARLOS DIEGUES”, “RUY GUERRA”, “DAVID NEVES”, “LUIZ CARLOS BARRETO”, “LUIZ SÉRGIO PERSON”, “ARNALDO JABOR”, “GERALDO SARNO”, “EDUARDO ESCOREL”, “MAURICE COPOVILLE”, “ROBERTO FARIAS”, “ROBERTO PIRES” e muitos outros, que se propuseram e renovaram a linguagem cinematográfica do nosso cinema, com grandes realizações que entraram para a história do nosso cinema, com a realização de inesquecíveis e premiadas obras, que foram, entre algumas os consagrados títulos que foram: “BARRAVENTO”, “OS CAFAGESTES”, “DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL”, “OS FUZIS”, “VIDAS SECAS”,  “O DESAFIO”, “TERRA EM TRANSE”, “COMO ERA GOSTOSO O MEU FRANCES”, “MACUNAIMA”, “ASYLO MUITO LOUCO”, “A DAMA DO LOTAÇÃO”, “OS HERDEIROS”, “PINDORAMA” e muitos outros.

 

 

( continua na próxima edição )

 

 

 

Por Editor1

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