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No 22 de maio celebramos o Dia Internacional da Biodiversidade, que nos leva a refletir sobre o significado dessa palavra que reúne a vida em todas as suas formas – desde diversidade genética de animais e plantas, até os ecossistemas que suportam essa explosão de cores, sabores, texturas e expressões.

Parece ser natural falar desse tema sendo responsável por um programa ambiental tão rico como é o da CBMM.

É fácil ter orgulho de histórias como a da anta Eva, que nasceu no nosso Centro de Desenvolvimento Ambiental, foi reintroduzida na natureza pelo projeto Refauna, no Rio de Janeiro, e se reproduziu, trazendo ao mundo a primeira anta livre após 100 anos de extinção da espécie no estado. Ainda, ter o pioneirismo no cuidado de lobos-guará e tamanduás em cativeiro, conservando espécies símbolo do Cerrado, bioma onde estamos inseridos, em um programa com 36 anos. Quase o meu tempo de vida!

Conseguimos identificar pela primeira vez na história da região, em uma de nossas propriedades de reserva natural, uma onça pintada, comprovando nossa capacidade em manter áreas verdes e corredores ecológicos, sempre em harmonia com nossas atividades industriais.

David Attenborough, renomado documentarista britânico, mostrou recentemente no filme A Life on Our Planet (A vida em nosso planeta, em português), como o mundo tem mudado, com uma visão assustadora do que pode nos esperar nos próximos anos. Talvez o dado que chame mais atenção é que atualmente 30% dos seres vivos no planeta somos nós, seres humanos, 60% são animais criados para nos alimentar, e apenas 4% correspondem à vida selvagem. Esse cenário demonstra como estamos impactando a biodiversidade.

Também temos que pensar na riqueza da nossa flora. Quantas plantas ainda não conhecemos ou ainda não identificamos seu inteiro potencial? Essa reflexão me faz lembrar do belíssimo projeto Renascer, realizado aqui em Araxá-MG, que tem como um de seus objetivos a recuperação de dependentes químicos pela laborterapia (terapia ocupacional), com produção de mudas nativas, que são doadas a produtores rurais, recuperando áreas de preservação permanentes e provendo água de qualidade para a região.

Quem de nós, que vive a dádiva da maternidade e paternidade, não se lembra do momento único quando nossos filhos começam a caminhar. Eles param a cada passo para observar a grama, as flores, os pássaros a cantar. Na nossa vida diária, deixamos o ritmo acelerado nos cegar para toda essa beleza, deixamos de sentir o prazer da caminhada com o sol e brisa no rosto, muitas vezes deixamos de sentir a abundância da vida entre nós.

Celebrar o Dia Internacional da Biodiversidade é relembrar nosso espírito mais puro, aquele que se maravilha com o diferente, como nossas crianças, aquele que reaprende a importância da beleza a nossa volta e que quer deixar, por nossas ações, um futuro melhor para o próximo.

Por Editor1

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