Logo Jornal Interação

De terça, 30, até hoje, 1°, acontece o 2° Encontro de Educação Ambiental e Sanitária no auditório da Associação Comercial e Industrial de Araxá (Acia), com os temas “Conservação das Florestas: Bioma do Cerrado e Educação Sanitária no Meio Rural”. Promovido pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), pelo governo do Estado e pela Secretaria Municipal de Educação, o encontro apresentou os resultados e provocou troca de experiências entre alunos, professores e membros da comunidade sobre a preservação do meio ambiente.

Antes das apresentações das escolas participantes, a segunda edição do encontro promoveu um breve resumo dos projetos. “Conservação das Florestas: Bioma do Cerrado” é desenvolvido dentro do Programa de Educação Ambiental, ação que completa 21 anos de realizações do Centro de Desenvolvimento Ambiental (CDA), da CBMM, e veio pelo segundo ano consecutivo tratar da temática “Bioma do Cerrado 2012”, com o registro de 90% de adesão referente ao número de escolas das redes particulares e estaduais. Já em relação às escolas municipais, todas participaram deste projeto.

O tema escolhido tem como objetivo mobilizar alunos e professores a respeito da importância do meio ambiente, promovendo conhecimento sobre a conservação das florestas do bioma cerrado, estimulando o protagonismo escolar no desenvolvimento de experiências pedagógicas em educação ambiental.

As atividades começaram a ser realizadas em março, quando foi apresentada a temática proposta pela CBMM para 2012. A coordenadora do CDA, idealizadora do projeto, Laura Teodoro de Oliveira, enumerou algumas atividades realizadas até este mês. “Nós tivemos visitas ao complexo industrial da empresa, onde tiveram a chance de conhecer o processo de exploração e beneficiamento do nióbio e quais são os controles ambientais. Temos as oficinas ministradas nas escolas, com o apoio de parceiros, sobre queimada e desmatamento, estudos sobre a flora da nossa região, a fauna do cerrado e ainda temos profissionais acompanhando professores e alunos no desenvolvimento desse projeto. Então isso é muito gratificante”.

“A importância é o acesso a esse tipo de conhecimento [educação ambiental], que é veiculado por meio de especialistas, com apoio aos professores para que esses conteúdos sejam desenvolvidos na escola de forma interdisciplinar. Então, essa possibilidade de acesso a esse material é muito importante”, complementou Laura.

Segundo ela, os participantes adquirindo esse conhecimento da educação ambiental, eles podem transformar o meio em que vivem. “É um projeto que vem sendo desenvolvido há 21 anos, com continuidade, com as escolas de Araxá, e está sendo criada uma consciência diferente não somente nas crianças, mas também nos professores, pais e familiares. Esse programa se irradia para toda a comunidade”, destacou.

Para a aluna da escola municipal Dona Gabriela, Fernanda Rodrigues de Oliveira, 9 anos, o projeto da CBMM foi muito interessante. “Aprendi a cuidar dos animais e das plantas. A gente ajuda a manter a natureza mais bela e formosa. Das atividades, o mais legal foi passear na CBMM e ver os arvoredos, que não conhecia”, comentou a aluna. “A gente não deve cortar as árvores, porque elas são importantes para o nosso oxigênio”, completou o aluno da Dona Gabriela, Diego Reis, 9 anos.

Nesse mesmo dia, o Programa de Educação Sanitária, desenvolvido por meio de uma parceria entre o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e a Secretaria Municipal de Educação, promoveu apresentações e um resumo do que foi o projeto em 2012, primeira temporada do projeto.

No programa, são inseridos os Projetos Sanitaristas Mirins e Sanitarista Juvenil, que disponibilizam informações sanitárias agropecuárias, visando a promover mudanças nos professores, nos alunos e em seus familiares, favorecendo novas condutas no que se refere às sanidades animal e vegetal, segurança alimentar e conservação ao meio ambiente.

Roseli Maria Bárbara Magalhães, coordenadora do programa do IMA, em Araxá, falou que cinco escolas rurais e a adesão de uma escola urbana, Escola Municipal de Aplicação Lélia Guimarães, foram beneficiadas com ações que contribuem para o meio ambiente puro e mais harmonizado. “Acreditando nessa nossa missão, desenvolvemos os Sanitaristas Mirins e Juvenil. Trabalhando com as crianças, a gente consegue atingir melhor o público adulto, principalmente na zona rural, onde, às vezes, a informação demora um pouco mais para chegar aos produtores”.

De acordo com Roseli, os projetos Sanitaristas Mirins e Juvenil foram inseridos dentro do programa de Educação Sanitária. Em Araxá, o projeto Sanitaristas Mirins começou a ser desenvolvido em 2007. No ano de 2012, ele esteve presente em seis escolas de ensino, envolvendo alunos do 5° ano. Essas mesmas seis escolas municipais participaram também do projeto Sanitarista Juvenil. Em Araxá, ele é destinado aos alunos do 6° ao 8° ano. Temas como produção animal e agrícola sustentável, preservação ambiental e segurança alimentar são abordados, com o objetivo de os alunos repassarem os conhecimentos adquiridos a toda a comunidade escolar.

“Os educadores ficaram muito satisfeitos com o conteúdo. O objetivo de atingir maior conscientização dos alunos para o meio ambiente foi alcançado, pois, além dos educadores, os alunos eram os mais entusiasmados. O programa de Educação Sanitária é uma forma de levar a informação e o conhecimento a todos da zona rural. Estamos felizes com isso”, colocou Roseli.

A professora Carolina Fernandes, da Escola Municipal Eunice Weaver, explicou que o projeto é de fundamental importância, especialmente para a zona rural. “Ele leva ao aluno conhecimentos próprios da vivência e do cotidiano deles. Esse contato direto, essas aulas práticas e de experimentação vão acabar culminando na construção mais efetiva do conhecimento. Durante todo o ano, nossos alunos multiplicadores passam por ações que representam experiências que levam para dentro da escola e incentivam a criatividade com paródias e histórias em quadrinhos”, comentou.

Giovana Paiva de Almeida, aluna da escola municipal Antônio Augusto de Paiva, afirmou que o projeto complementa o conteúdo aprendido em sala de aula. “Ele não ficou só dentro da escola. Os alunos passam para pais o que eles aprendem, e isso ajuda muito. Às vezes, a gente tenta fazer algumas coisas na fazenda e aí se aprende corretamente. O projeto é uma aula de meio ambiente para todos”, finalizou.

Ao todo, com os dois projetos, 1.800 alunos e 80 professores participantes de escolas municipais, estaduais, particulares e rurais foram contemplados.

Por Editor1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *