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O objetivo é auxiliar as instituições beneficentes de Araxá, pertencentes ao 3º setor, a desenvolver melhor trabalho para seu público-alvo.

Em reunião promovida na última quinta-feira, 18, no salão do Sima, a Federação das Entidades Socioassistenciais de Minas Gerais (Fedemg) criou uma comissão chamada Fedemg Núcleo Araxá para auxiliar o trabalho das instituições beneficentes que realizam trabalho social aqui na cidade. A reunião contou com a participação de mais de 80 representantes de instituições e membros da comunidade no salão do Sima-Cut, localizado na rua Presidente Olegário Maciel. A comissão será composta por aproximadamente 90 pessoas.

A Fedemg tem abrangência em todo o Estado e atua com o objetivo de dar suporte a entidades sociais e assistenciais que atualmente lutam para se manter funcionando. De acordo com o diretor-presidente da Fedemg, Bruno Vieira, a federação, criada inicialmente em Uberaba, vê uma carência muito grande no que tange a um órgão que trabalhe a defesa e a garantia de direitos.

“Nosso objetivo, a partir desta reunião, é diagnosticar o problema dessas instituições para implantarmos um núcleo e passarmos a prestar um serviço de assessoramento e garantia de direitos em Araxá. A partir de hoje [18], nós definimos uma comissão, na qual estamos presentes com quase 82 instituições. De cada uma, vai sair um membro e definir uma comissão permanente”, comentou Bruno.

Ele ressaltou que esta comissão permanente atuará com o auxílio da Fedemg. “Essa comissão terá a coordenadoria da federação, assistida por todas as instituições na qual faremos uma intercooperação para buscar melhorias. Essa comissão vai ser feita o mais breve possível. Depois de toda essa base pronta, a gente vai procurar tanto o Poder Executivo quanto o Legislativo para negociar a melhoria dos sistemas de Araxá”.

Bruno também explicou que a Lei Orgânica do Município (LOM) diz que as instituições não têm como cobrar do Executivo essas subvenções sociais, mas todo esse trabalho feito nesses locais tem que dar a assistência para que seja feito de plena atividade e não em parte. “Hoje os convênios públicos existem, o prefeito tem colaborado muito com as instituições, através de mão de obra, funcionários, transporte, alimentação, mas essas subvenções ainda correspondem a uma pequena parte das estruturas das instituições em Araxá, e nada é tão bom que não possa melhorar”, destacou.

Bruno afirmou que a federação não quer ser oposição do Poder Público, e sim parceira na busca de soluções para o terceiro setor representado pelas instituições filantrópicas de Araxá. “Nós não estamos colocando todas essas responsabilidades em cima do Poder Público. Quero deixar isso bem claro. Nós temos outras fontes de recursos dentro do governo do Estado, do governo federal, em Ministérios, em Secretarias de Estado, em empresas que trabalham com programas de responsabilidade social. Nós também colocaremos responsabilidade em instituições, porque elas têm que buscar a melhor forma de se sustentar sem depender do Poder Público”.

Segundo a diretora administrativa da Associação de Assistência à Pessoa com Deficiência de Araxá (Fada), Maria Conceição Aguiar Santos, mais conhecida como Cota, a criação de uma comissão é uma forma de unificar tanto as carências de todas elas quanto a busca de resultados. “Para que o terceiro setor passe a ter um atendimento aí de qualidade e seja mais valorizado, nós precisamos de mais apoio financeiro na manutenção, capacitação dos membros e na busca de recursos”, comentou.

Para a coordenadora do Recanto do Idoso São Vicente de Paulo, Glória Beatriz Resende Ribeiro, as instituições ficaram esperançosas com a criação dessa comissão. “É uma porta que se abre para o terceiro setor, contando com essa comissão para traçar projetos, regularizar as documentações [das instituições], com o objetivo de fluir melhor. Então, a expectativa é das melhores. Normalmente a nossa dificuldade na manutenção é quanto a conservação do local”.

A diretora do Lar Ebenézer, Marisete Aparecida Augusto, enfatizou que a reunião veio trazer uma nova perspectiva para o terceiro setor. “Com a implantação dessa federação em Araxá, eu creio que teremos maior apoio para as nossas instituições, das quais somos representantes. Será uma abertura para novas parcerias, somando bastante com a gente o apoio da federação”, concluiu.

Por Editor1

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