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O mercado de trabalho se expande a cada dia na busca constante de profissionais aptos e dispostos a enfrentar novos desafios. Na área da saúde é visível a realidade da atuação interdisciplinar, exigindo dos profissionais o trabalho em equipe e o compartilhar de conhecimentos que ultrapassam a formação acadêmica básica. A Fisioterapia aplicada à Pediatria vivencia uma realidade que vai um pouco além dos atendimentos individuais. As crianças que acompanhamos, em sua maioria com paralisia cerebral, atraso no desenvolvimento neropsicomotor, síndromes genéticas, histórico de prematuridade, baixo peso ou consideradas de risco, necessitam de uma equipe interdisciplinar que atue com eficácia para o seu melhor desenvolvimento.

Sabe-se que, independentemente de sua condição física, cognitiva ou psicossocial, a criança está em constante aprendizado, e a Escola tem um importante papel neste processo. Atualmente, a criança com deficiência (física ou mental) está amparada legalmente para estar inserida em uma escola regular. E este processo pode ser facilitado pela atuação de um profissional que já faz parte de sua vida e possui conhecimentos básicos sobre sua patologia e sobre as condições que serão favoráveis ao seu aprendizado, como por exemplo, a adaptação de um mobiliário para adequação postural, orientações para efetivar os resultados da terapia individual e sobre adaptações de atividades lúdicas, as quais podem ser feitas de forma simples para professores e funcionários. São ações que refletem diretamente no desenvolvimento da criança, e a Fisioterapia, enquanto detentora de conheci­mento específico da área, tem por princípio contribuir com trabalhos visando ao desenvolvimento infantil.

Neste contexto,  o fisioterapeuta pode contribuir minimizando as dificuldades dessas crianças na escola regular para que o processo de ensino-aprendizagem se efetive e para o aprimoramento de suas potencialidades. Assim como a família, a Escola precisa ser orientada através de uma parceria que deve ser firmada com respeito, proporcionando aos profissionais da educação estratégias que facilitarão o desenvolvimento e o bem-estar dessas crianças.

Uma questão que se coloca é que talvez estas orientações e apoio pudessem ser efetuados pela própria família das crianças com necessidades especiais, mas estudos mostram que muitas vezes nem os pais recebem orientações suficientes dos profissionais de saúde.  Portanto, o esclarecimento à população a respeito das deficiências certamente contribuirá para atitudes mais positivas favorecendo a inclusão social. Tais atitudes implicam na convivência e no respeito às diferenças,  com a condição de que a escola se prepare e se atualize para lidar com a diversidade.

Com certeza, o profissional fisioterapeuta atuando no ambiente escolar contribuirá para um melhor aproveitamento do aluno com deficiência e, juntamente com o corpo docente da escola, em ação interdisciplinar, desempenhará os serviços de apoio, unindo de forma complementar as áreas da saúde e da educação, objetivando o bem-estar de todos os envolvidos.

Fisioterapeuta no ambiente escolar, uma grande oportunidade de atuação!

Por admin

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