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A campanha Todos Contra a Violência Infantojuvenil, que teve início no mês de novembro, entra em sua segunda fase, agora focando na prevenção da violência física contra crianças e adolescentes.A campanha irá abordar assuntos delicados, mas que são rotineiros em diversos lares.

 

Buscando a resposta para a pergunta: bater, educa? A campanha busca alertar, conscientizar e incentivar o diálogo perante situações de conflito com crianças e adolescentes, além de difundir opiniões de especialistas da área. Dados do Disque 100 alertam que 68% das crianças brasileiras com até 14 anos, o equivalente a 30,3 milhões de crianças, já sofreram violência física dentro de casa, seja por pais, avós, tios, padrastos e/ou madrastas. As vítimas mais frequentes são meninas de domicílios com menor renda familiar, com idades entre 4 e 17 anos. Outro estudo divulgado pela UNICEF, demonstra que 7 de cada 10 crianças são vítimas de violência em suas próprias casas; as demais sendo violentadas nas casas de parentes e escolas.

 

Entende-se como violência física, todo ato de agressão, proposital ou não, com a intenção de machucar, constranger, vitimar, humilhar e/ou educar. Sendo clara a definição de violência física, conseguimos mapear as causas e possíveis soluções.

 

Segundo um estudo da Universidade do Texas, em parceria com a Universidade da Virginia (ambas dos EUA), crianças que apanharam de seus pais aos 5 anos tinham mais problemas de comportamento aos 6 e aos 8. Inúmeros estudos anteriores comprovaram o mesmo. O diferencial dessa pesquisa foi a análise de um maior número de variáveis para demonstrar que o pior comportamento estava relacionado à violência, independentemente de características pessoais da criança, dos pais e do ambiente.

 

Segundo especialistas, bater é educar pelo medo, o que não é nada saudável e pode gerar traumas e comportamentos que acompanharão a criança pelo resto da vida. “Quando você bate, está ensinando as crianças a serem agressivas. Está mostrando que, com força física, as pessoas se submetem. O melhor é ensinar seu filho a discernir entre o certo e o errado, o que só conseguimos com diálogo e exemplos. A criança imita o comportamento dos pais, afinal”, afirma a psicóloga e psicopedagoga Cynthia Wood, da clínica Crescendo e Aprendendo, em São Paulo.

 

A criança é a vítima do maltrato e não devemos fazê-la sentir-se culpada por erros dos quais sequer tem plena noção. Ela não fará o “certo” após apanhar. Ela fará o “certo” depois que compreender, após muita paciência e diálogo dos pais, o que se deve fazer e o que não se deve. O adolescente, de igual maneira, ainda que pareça um “quase adulto”, ainda está em fase de desenvolvimento, dependendo de todo auxílio necessário para crescer, amadurecer e assumir responsabilidades.

 

Ao longo deste mês, a campanha se aprofundará neste assunto pelas redes sociais e veículos de mídia, abordando diversos outros tópicos relevantes para o desenvolvimento da sociedade e dos lares.

 

Essa ação de prevenção e conscientização é realizada pelo Centro de Formação Profissional Júlio Dário e Conselho Comunitário de Segurança Pública de Araxá – CONSEP, e com o incentivo do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente – CMDCA.

Por Editor1

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