Logo Jornal Interação

A cidade de Araxá, no Alto Paranaíba, é a 5ª colocada em um ranking divulgado nesta segunda-feira (5) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). De acordo com o Atlas da Violência 2017, a cidade tem o índice de 6,8 no estudo e, com isso, ocupa a posição de destaque em todo o país. No estado, o município ficou em 1º lugar. Os números são referentes a década de 2005 a 2015 e representam o índice de homicídio somado ao de Mortes Violentas por Causa Indeterminada (MVCI). De janeiro a maio de 2017, a Polícia Militar registrou dois assassinatos na cidade. O assessor de comunicação da PM em Araxá, tenente Mateus Dias Campos, destacou que a principal motivação deste tipo de crime no município é passional. “Os homicídios na cidade, geralmente, não possuem relação com a criminalidade, eles ocorrem por questões passionais e desentendimentos familiares”, explicou.  Enquanto isso na contramão dos números a situação geral do Brasil é preocupante, pois todos os atentados terroristas do mundo nos cinco primeiros meses de 2017 não superam a quantidade de homicídios registrada no Brasil em três semanas de 2015. Em 498 ataques, 3.314 pessoas morreram, de acordo com  levantamento da Esri Story Maps e da PeaceTech Lab. Segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, cerca de 3,4 mil pessoas foram assassinadas no Brasil a cada três semanas em 2015. A comparação foi feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que divulgaram nesta segunda-feira o Atlas da Violência 2017. O estudo contabiliza 59.080 assassinatos no país em 2015, e os pesquisadores consideram que o resultado consolida uma mudança de patamar, em que as mortes violentas permanecem perto dos 60 mil homicídios registrados em 2014. Os registros permitem calcular uma taxa de 28,9 assassinatos para cada 100 mil brasileiros. Apesar de ser 3,1% menor que a de 2014, a proporção é 10,6% maior que a registrada em 2005. A variação da taxa de homicídios se deu de forma desigual no país entre 2005 e 2015. Em seis estados do Norte e Nordeste, a taxa cresceu mais de 100%, enquanto em todo o Sudeste o indicador caiu. No Rio Grande do Norte, a taxa de homicídios cresceu 232%. Em São Paulo, houve uma queda de 44,3%. Além dos estados do Sudeste, houve quedas da taxa de homicídios em Rondônia, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Paraná. Pernambuco é destacado pela pesquisa como uma “ilha de diminuição de homicídios” em meio a uma região em que a taxa cresceu com grande intensidade. Apesar disso, a queda de 36% obtida entre 2007 e 2013 foi em parte perdida com um aumento de 13,7% registrado de 2014 para 2015. Em números absolutos, a Bahia registrou em 2015 o maior número de assassinatos, com 6.012. O número é mais que o dobro do de 2005, que era de 2.881. Com uma trajetória de queda, São Paulo começou em 2005 com 8.870 assassinatos e caiu para 5.427 em 2015. Apesar de ter o segundo maior número absoluto, o estado fechou o ano com a menor taxa de homicídios do país, de 12,2 casos por 100 mil habitantes. A pesquisa também fez análises no nível municipal e apontou que, entre as cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, Altamira, no Pará, teve a maior taxa de homicídios do país em 2015, com 105,2 casos para 100 mil pessoas. Impactada pela construção da Usina de Belo Monte, a cidade, segundo a pesquisa, é um exemplo de como o crescimento rápido e desordenado pode ter implicações sobre o nível de criminalidade.

Por Editor1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *