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A cidade de Ouro Verde de Minas, conhecida por sua tradição cafeeira, agora desponta com outra possibilidade de negócio: a pimenta-do-reino. Cultivada principalmente no Pará e no Espírito Santo, o plantio da especiaria em Minas Gerais é novidade. Hoje, 15 produtores rurais do município dedicam suas terras à planta, que chama a atenção de diversos agricultores na região. No total, 60 famílias de sete cidades do território Mucuri já cultivam a pimenta-do-reino, segundo dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG).  “A pimenta-do-reino virou uma boa alternativa de fonte de renda e se adaptou muito bem à região, principalmente devido à proximidade com o Espírito Santo, que é um dos maiores produtores no país. Temos um clima parecido com o de lá”, explica o gerente regional da Emater de Teófilo Otoni, Sandro Rodrigues.  As primeiras lavouras foram implantadas em função do trabalho de alguns agricultores da região em lavouras de café no Espírito Santo. De lá, eles trouxeram as primeiras mudas de pimenta-do-reino, e encontrando solo e clima favoráveis, já estão produzindo com índices de produtividade superiores em duas vezes a média nacional. Espalhados pelos municípios de Águas Formosas, Ataléia, Crisólita, Frei Gaspar, Novo Oriente de Minas, Ouro Verde de Minas e Serra dos Aimorés, os agricultores viram na alta lucratividade da especiaria uma possibilidade de aumento de renda. A Emater-MG orienta os produtores no manejo e tem trabalhado na divulgação da planta como alternativa local, já que ela pode, inclusive, ser alternada com outras culturas. Segundo o engenheiro agrônomo e coordenador técnico regional da Emater de Teófilo Otoni, Cláudio Celso Soares, a produção de um pé de pimenta-do-reino no primeiro ano é de um quilo. No segundo ano, a quantidade dobra. O pico é alcançado a partir do quarto ano, quando a planta chega a produzir entre quatro a cinco quilos. De acordo com Soares, em 2015 o quilo do produto era vendido por até R$ 30. Hoje, está em média R$ 20, o que, segundo ele, é um negócio muito bom. “Poucas culturas têm rentabilidade tão alta quanto a pimenta”, afirma. Muito conhecida como tempero, a pimenta-do-reino é empregada também nas indústrias farmacêuticas, de cosméticos e na área de defensivos agrícolas.

 

 

Por Editor1

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