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Minas Gerais segue a tendência nacional de queda na taxa de analfabetismo, principalmente entre crianças com idades entre 10 e 14 anos. Segundo a diretora do Ensino Fundamental da Secretaria de Estado de Educaçao (SEE), Eleonora Paes, a implantação de programas pedagógicos específicos é um dos componentes para a redução do número de analfabetos no estado. O decréscimo é constatado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE. Em 2014, o índice de pessoas que não sabiam ler nem escrever na faixa etária de 10 a 14 anos era de 1,1%, em Minas Gerais, enquanto no Brasil o índice era de 1,8%. No mesmo ano, o país apresentava taxa de analfabetismo de 8,3% entre os adolescentes com 15 anos ou mais. Já em Minas Gerais, o percentual na mesma faixa etária era de 7,1%. Se os índices acima forem comparados com os de 2010, o analfabetismo caiu de maneira geral. Naquele ano, o Brasil apresentava taxas de 12,4% (para faixa etária de 15 anos ou mais) e 3,9% (entre 10 e 14 anos). Em Minas Gerais, os índices eram respectivamente de 11,7% (15 anos ou mais) e 1,7% (faixa etária entre 10 e 14 anos). “Já tivemos muitos avanços, mas os desafios ainda são grandes”’ observa Eleonara Paes. Nesta quinta-feira (8/9) é celebrado o Dia Mundial da Alfabetização, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) e Unesco com o objetivo de fomentar a alfabetização pelo mundo. Entre as ações em andamento no estado está o Acompanhamento Pedagógico Diferenciado, destinado a estudantes do ensino fundamental que não dominam o processo de alfabetização, ou seja, têm dificuldade na leitura e na escrita. A primeira etapa do projeto foi implantada em 423 escolas da rede pública estadual, distribuídas nas 47 regionais de ensino. Para isso, o Governo do Estado contratou um professor alfabetizador para cada um dos estabelecimentos de ensino incluído no programa. Além de capacitar o educador, também foi fornecido material didático diferenciado para melhorar a leitura e a escrita, incluindo jogos virtuais pedagógicos instalados nos computadores das escolas. Neste primeiro momento, estão sendo atendidos 10 mil alunos do quarto ao nono ano do ensino fundamental. O Acompanhamento Pedagógico Diferenciado acontece em espaço diferente da sala de aula regular e pode ser ministrado no mesmo horário em que o aluno estuda ou no contraturno. As escolas foram convidadas a planejar suas ações da maneira mais adequada às suas realidades. Na maioria dos casos, os estudantes são divididos por nível de dificuldade em leitura e escrita e, com orientação do alfabetizador, fazem atividades específicas, seja  de leitura e elaboração de texto, seja de jogos pedagógicos e  lúdicos. A evolução da escrita e leitura dos estudantes é acompanhada pela direção da escola, pelas Superintendências Regionais e SEE.  De acordo com Eleonora Paes, o programa tem respaldo positivo nas escolas porque atende tanto à necessidade do aluno, como à dos professores que lidam com a dificuldade diária desse estudante. “O objetivo final é reduzir o analfabetismo nesta faixa etária do ensino fundamental para que haja um aproveitamento melhor desse aluno no ensino médio”, conclui Paes.

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Por Editor1

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