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2513073No último dia 28 foi  celebrado o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. A data busca conscientizar a população da importância do combate aos tipos mais comuns da doença: A, B e C. Na maioria dos casos são doenças silenciosas, mas quando se manifestam, os sintomas mais comuns são: febre, fraqueza, mal-estar, dor abdominal, enjoo/náuseas, vômitos, perda de apetite, urina escura, icterícia e fezes esbranquiçadas. “Representam um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, tendo em vista a alta transmissibilidade dos vírus e o impacto socioeconômico negativo na qualidade de vida dos portadores”, afirma a Coordenadora de DST/AIDS e Hepatites Virais da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Jordana Costa Lima.

Hepatite A

Também conhecida como ‘hepatite infecciosa’, a hepatite A é causada pelo vírus VHA. Sua transmissão é feita pelo contrato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados. Em 2015, 139 casos de hepatite A foram notificados em Minas Gerais.  “A hepatite A pode ser prevenida pela imunização específica contra o vírus A, entretanto, a melhor estratégia de prevenção desta modalidade da doença inclui a melhoria das condições de vida, bem como adequação do saneamento básico e das medidas educacionais de higiene”, afirma Jordana Costa Lima.

Governo_cumpre_meta_e_vai_adquirir_mais_35_mil_novos_tratamentos_para_hepatite(4)Hepatite B

Em 2015, 1.228 pessoas foram contaminadas, em Minas Gerais, com o vírus HBV, causador da Hepatite B. A doença é considerada sexualmente transmissível (DST), pois pode ser transmitida de pessoa a pessoa por meio do contato com sêmen, saliva e secreções vaginais durante a relação sexual desprotegida. A doença também pode ser transmitida por via sanguínea, ao compartilhar materiais perfurantes como seringas, agulhas, cachimbos, lâminas de barbear, alicates de unha e por transfusão de sangue contaminado. Outra forma de transmissão pode acontecer de mãe para filho, em que a mãe é portadora do vírus B e transmite o vírus para a criança durante a gestação ou parto. Não há evidências de que o aleitamento materno aumente o risco de transmissão da hepatite B da mãe para o bebê. “Sendo assim, a amamentação não está contraindicada em mães portadoras da doença, desde que a criança receba a vacina e a imunoglobulina, preferencialmente, nas primeiras 12 horas de vida”, diz Jordana Costa Lima. Atualmente, a vacina contra a Hepatite B é disponibilizada gratuitamente em qualquer posto de saúde. Desde o início de 2016 toda a população, independentemente da idade ou condição de vulnerabilidade, pode se imunizar. Outras medidas para evitar a doença são: usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar objetos de uso pessoal e/ou perfurantes. “Além disso, toda mulher grávida deve fazer o pré-natal e os exames para detectar hepatites, AIDS e sífilis. Esse cuidado é fundamental para evitar a transmissão de mãe para filho”, explica Jordana Costa Lima.

Hepatite C

A hepatite C é causada pelo vírus C (HCV). Em 2015, em Minas Gerais, 1.635 pessoas foram contaminadas pelo vírus. Sua transmissão ocorre por meio de transfusão de sangue, via sexual, compartilhamento de material para preparo e uso de drogas, objetos de higiene pessoal, alicates de unha, além de outros objetos que perfuram ou cortam. Não há vacina contra a hepatite C, o melhor é optar pela prevenção. “A melhor forma de evitar a doença ainda é o uso de preservativos, não compartilhar seringas e objetos perfurantes”, analisa Jordana Costa Lima. Indivíduos que receberam transfusão de sangue e/ou hemoderivados antes de 1993, quando ainda não era realizada a triagem sorológica, também podem ter a doença. “Neste caso, recomenda-se que os indivíduos procurem as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para maiores esclarecimentos. As outras formas de transmissão são semelhantes às da hepatite B; porém, a via sexual é menos frequente”, conclui Jordana Costa Lima.

Notificações de Hepatites Virais, nos anos de 2010 a 2016*, conforme Etiologia, em Minas Gerais1

 

 

Por Editor1

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