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O projeto que precisava de 6 votos, quantidade necessária para a aprovação da Cidade Tecnológica, recebeu 4 votos contra e 4 a favor.

Na reunião ordinária desta terça-feira, 24, a Câmara Municipal não aprovou o projeto que autoriza a abertura de crédito especial no Programa de Trabalho da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Parcerias para a implantação do Programa Municipal de Apoio à Ciência e Tecnologia denominado Cidade Tecnológica (Citat). O projeto que prevê recursos de R$ 2.395.195,00 para dar início à reforma do Hotel Colombo, já desapropriado pela Prefeitura, recebeu, no total, 8 votos, sendo 4 contrários e 4 a favor e, assim, foi rejeitado pelo Legislativo, sendo que, nesse tipo de matéria, são necessários 6 votos [quórum qualificado] para ser aprovada.

A Casa da Cidadania recebeu um grande público, composto, principalmente por pais e alunos do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet) de Araxá reivindicando a aprovação do projeto. Também, na plateia estavam a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Parcerias, Alda Sandra Barbosa Marques, e o assessor especial, porta-voz da Citat, Alex Ribeiro. O vereador Marco Antônio Rios (PSDB) solicitou à mesa diretora presidida por Carlos Roberto Rosa (PP) para não votar o projeto e se retirou do plenário.

Quem assumiu a cadeira de Marco Antônio foi seu suplente de coligação, vereador Weliton Cardoso de Moraes (DEM), que também não quis participar da votação, alegando desconhecimento da matéria. Com a ausência confirmada de Marco Antônio e também do vereador Carlos Roberto Rosa (PP) que não vota em projetos de lei que exija quórum qualificado para sua aprovação, composta por seis votos, oito parlamentares participaram da votação.

Dos oito vereadores, Lídia Jordão (PP), Márcio de Paula (PR), José Maria Lemos Júnior, mais conhecido como Juninho da Farmácia (DEM) e Mateus Vaz de Resende (DEM) votaram contrários ao projeto. Segundo as justificativas, eles se basearam no parecer jurídico da Casa que não foi favorável, apontando que, para a abertura do crédito com esse valor, é preciso a indicação de um recurso disponível para cobrir a despesa que se pretende custear e por qual instituição serão geridos os mais de R$ 2 milhões referentes ao projeto, apesar de que, em Fórum Comunitário, Alex Ribeiro havia comentado que a Cefet Minas foi escolhida como a fundação a gerir esses recursos.

O parecer jurídico também relatou que a Câmara Municipal, em época de período eleitoral, segue a recomendação do Ministério Público Eleitoral no sentido de se evitar a aprovação dos projetos que gerem benefícios de cunho social.

Os outros quatro vereadores – José Domingos Vaz (PDT), César Romero da Silva, mais conhecido como Garrado (PR), José Gaspar Ferreira de Castro, o Pezão (PMDB) e Edna Castro (PSDB) –posicionaram-se favoráveis ao projeto.

Ao final da votação, tanto Alda Sandra quanto o Alex afirmaram, em entrevista coletiva, que a rejeição do projeto não vai fazer parar o desenvolvimento deste para a Cidade Tecnológica, que prevê a abertura de novos cursos para Araxá. “Agora que está definido, a gente já sabe as atitudes que temos que tomar. Temos um plano B. Vamos trabalhar com ele, tão logo seja definido, vamos abrir para a população. Com certeza, não vamos parar por aqui”, destacou Alda.

Uma reunião que estava prevista para ocorrer na última terça-feira, 24, com o objetivo de debater as mudanças do projeto que se refere à Cidade Tecnológica não aconteceu devido a uma viagem do prefeito de Araxá, Jeová Moreira da Costa, a Belo Horizonte.

Por admin

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