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IMG-20160707-WA0037Que o esporte é fundamental, indispensável, maravilhoso, algo fantástico na vida de qualquer ser humano é quase unanimidade. Se fôssemos enumerar as qualidades e os benefícios da prática de esporte na vida de um ser humano, gastaríamos vários parágrafos desta matéria. Dá-se o nome de esporte a prática metódica, individual ou coletiva, de jogo ou qualquer atividade que demande exercício físico e destreza, com fins de recreação, manutenção do condicionamento corporal e da saúde e/ou competição. São inúmeras as modalidades de esporte praticadas, e cada esporte possui suas particularidades que envolvem as pessoas e as fazem optar por qual praticar, cada qual com suas características e grau de dificuldades que exige capacidade, força, condicionamento, muito treinamento e também coragem. No despertar para o esporte, há uma participação das escolas que incorporam a atividade física por meio de jogos, gincanas, olimpíadas e aulas de educação física, mas são os pais os grandes responsáveis por fazer a inicialização dos filhos no esporte. Mas quando começar? Qual a idade ideal? Qual esporte escolher? Esta responsabilidade não é fácil, mas está diretamente ligada aos conceitos, hábitos saudáveis de alimentação, de atividade física dos pais, pois são eles os modelos no processo de formação de cada filho. Portanto pelo menos no início, tem muito valor o ditado popular “filho de peixe peixinho é!”. Levando em conta o fator genético, os números tendem a ser maiores ainda. É comprovado que há influência dos pais na prática dos esportes na vida dos filhos, mas existe uma chama dentro de cada um que acende conforme as opções vão surgindo, uns mais cedo, outros mais tarde, sempre de acordo com as oportunidades. Rodrigo Almeida Porfírio, com seus 9 anos, é daqueles que está sempre pronto para um entretenimento, seja uma brincadeira ou a prática de qualquer que seja o esporte.  Desde IMG-20160707-WA0036cedo ele demonstrou o interesse por esporte que lhe exigisse desafios, e foi vendo sua mãe treinando e competindo, o que logo lhe despertou interesse para a prática de um dos esportes mais difíceis em termos de treinamento, força, dedicação e vontade. Rodrigo participou, no último dia 19 de junho, da 4ª etapa da 9ª Copa Interior de Triathlon do Estado de São Paulo, um grande desafio de início que veio acompanhado do grande frio que fez na região, trazendo a chegada do inverno. A Copa Interior é composta por seis modalidades: Sprint Triathlon, Fitness Triathlon, Sprint Duathlon, Fitness Duathlon, Sprint Aquathlon e Fitness Aquathlon.

Pequeno na idade, mas grande na vontade e determinação, ele participou na categoria fitness triathlon masculino infantojuvenil, na categoria abaixo de 13 anos. Entre os participantes e nas condições adversas da prova, foi o único em sua categoria. De imediato, Rodrigo rejeitou uma proposta de sua mãe, de adiar a estreia para outro dia, pois o frio incomodava até os mais experientes. A prova de natação foi cancelada para todas as categorias devido à baixa temperatura da água que colocava em risco de hipotermia [ocorre quando a temperatura corporal do organismo cai abaixo do normal – 35°] todos os competidores. Rodrigo é filho da triatleta Catarina Almeida Porfírio e do médicooftalmologista Humberto Porfírio, ambos atletas e praticantes do viver saudável, o que levou o pequeno atleta a ter contato com o  esporte já aos 2 anos de idade. Sua mãe conta que Rodrigo nadou 7 anos seguidos, porém no final de dezembro  de 2015, pediu a mãe para parar de nadar, pois havia se cansado da modalidade. Pesarosa, mas consciente de que impor uma modalidade esportiva ao filho não seria uma boa alternativa, o que ela consentiu de imediato. Porém era de hábito Rodrigo acompanhar sua mãe em algumas competições de triátlon. Em fevereiro, ao final de uma competição em Piracicaba (SP), como era de costume, ele tentou atravessar um pedaço da represa, a convite da mãe. Ao contrário das outras vezes, quando treinava natação, Rodrigo não conseguiu cumprir todo o trajeto e se sentiu muito frustrado. Após o consolo da mãe, aparentemente aliviado, não esperou o bom dia ao despertar no dia seguinte e intimou sua mãe para que voltasse a fazer natação, com o objetivo de atravessar aquela represa. Naquele momento, Catarina percebeu que diante dela estava um filho extremamente determinado e destemido. Sabedora de que Rodrigo detém um porte físico característico dos praticantes deste esporte, com uma boa base de natação, diante da situação voluntária do filho, sugeriu a ele começar um treinamento de triátlon como ela fazia, o que foi aceito imediatamente.IMG-20160707-WA0035

A treinadora Mariana Andrade, do Rio de Janeiro, campeã da elite feminina do IRONMAN 70.3, que atualmente acompanha a triatleta Catarina, passou a fazer também o planilhamento de Rodrigo. Ele conta também com um personal nos treinos de corrida e de bike, apoio da mãe e das professoras da Mergulho Sport Center nos treinos de natação.

Hoje Rodrigo treina média de 5 horas por semana, divididas de segunda a sexta, com dois dias de descanso, “tudo planejado criteriosamente para suaidade e capacidade física. Na natação, Rodrigo desenvolveu muito sua resistência; na bike, aprendeu a andar com sapatilhas, clipar e tirar o pé do clipe com destreza e vem se adaptando ao ciclismo de estrada em sua bike SPEED, mas foi na corrida o grande progresso dele”, acrescentou Catarina. Na competição em Araras, com 9 anos, foi a criança mais jovem do evento, única em sua categoria; as outras acima de 13 anos, mas a  maioria era de competidores adultos. “Rodrigo correu o primeiro quilômetro com pace de 5:40, chegando à frente de quatro adultos, e correu o segundo e terceiro quilômetros com pace de 6:12, chegando à frente de seis adultos, superando a expectativa de sua equipe de treinamento. As próximas etapas da Copa Interior de Triatholn servirão de base para a prova-alvo do Rodrigo, na qual ele competirá somente com crianças de sua idade, que acontecerá no final do ano. O mais importante de tudo isso é que ele seja feliz treinando e competindo”, acrescentou Catarina. Orgulhosos, seus pais consideram o esporte como sendoalgo fundamental na vida de uma pessoa. Nele a noção de disciplina, respeito, de plantar o que colhe, de plantar e às vezes não colher, de perder,IMG-20160704-WA0024deganhar, de respeitar o adversário, de saber conviver com a dor, de ser resiliente são vividas o tempo todo. Essavivência acaba sendo transportada para a vida, tornando as coisas mais fáceis. “Foi muito emocionante estar do outro lado, como torcedora do filho. Não consigo expressar em palavras o tamanho do orgulho que senti ao vê-lo encarar os adultos e o frio de 9 graus.  Diria que é pouco tamanho para muita coragem, atitude de herói, é algo que me marcou e torço para que seja apenas o marco de uma grande trajetória!”, concluiu emocionada.IMG-20160622-WA0050 O pai Humberto, grande vencedor e praticante de tênis e outros esportes, apoiador incondicional de seu filho, sente-se orgulhoso pelo despertar de Rodrigo para um esporte o qual acredita ser desumano pelo alto grau de exigência do corpo e mente. “Se é sua escolha, estarei sempre apoiando, orientando, torcendo para que consiga seus objetivos. Rodrigo é muito determinado, tem perfil atlético, vontade e capacidade de superação. Em qualquer esporte que tomar gosto, seja no triátlon, no tênis, na bike… tem grandes chances de brilhar”, declarou Humberto.

Rodrigo Almeida Porfírio O Despertar de um Novo Guerreiro

Por Editor1

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