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1111111A semana começou agitada nos cenários político e jurídico de Araxá.  Guardadas as devidas proporções à realidade da política nacional que está coalhada  de suspeitas de crimes eleitorais,  corrupção, improbidade administrativa, operações  policiais, prisões e abertura de processos de cassação e impedimento de gestores públicos, a situação no município araxaense também não foge à regra das denúncias e escândalos envolvendo políticos locais nos Poderes Executivo e Legislativo. O clima esquentou há duas semanas com a divulgação, por parte do Poder Judiciário e do Ministério Público locais, de detalhes e conteúdos sobre os casos envolvendo vereadores no desvio de dinheiro da Santa Casa de Araxá e na compra e venda de apoio político no processo de reeleição do ex-presidente da Câmara Municipal. A partir do acatamento das ações criminais e de improbidade por parte do Judiciário, cidadãos e advogados araxaenses entraram na Câmara Municipal com duas denúncias pedindo a abertura de Comissão Processante contra os vereadores afastados Carlos Alberto Cachoeira, Juninho da Farmácia, Marcílio da Prefeitura e José Domingos Vaz e ainda contra o prefeito de Araxá, Aracely de Paula. Na reunião ordinária da última terça-feira, dia 3 de maio, os vereadores debateram de forma polêmica e confusa a possibilidade da admissibilidade das denúncias para investigar o prefeito e os quatro vereadores, mas em razão de uma análise melhor dos documentos, a mesa diretora da Casa decidiu tratar do assunto numa sessão extraordinária que aconteceu na tarde/noite de ontem [quinta-feira].  A extraordinária durou seis horas e foi cercada de debates, polêmicas, intervenções jurídicas, discursos inflamados, recursos e com a participação de quatro vereadores suplentes [Daniel Rosa,   Valtinho da Farmácia, Alcebíades (Biá) e Rose], no lugar de Néia, Pastor Moacir, Mateus e Onilda, que também são primeiros suplentes e impedidos de votar por serem parte interessada na matéria. A votação decisiva da admissibilidade  da denúncia do advogado Wilson Costa e Silva para abertura da Comissão Processante contra o prefeito de Araxá e os  quatro vereadores afastados só aconteceu por volta de oito horas da noite e foi aprovada por 10 votos a 5. Votaram pela abertura da Comissão Processante os vereadores: Fabiano Santos, Romário do Picolé, Pezão, Valéria Sena, Farley, Mauro do Detran, Daniel Rosa, Valtinho da Farmácia, Rose e Biá. Contra a abertura da Comissão votaram Garrado, Alexandre Irmãos  Paula, Roberto do Sindicato, Jairinho Borges e Adolfo Segurança.  Em seguida, foi eleita a comissão de vereadores que irá comandar a Comissão Processante: presidente -Farley, relator – Mauro do Detran e membro – Pezão; suplentes – Fabiano Santos, Jairinho Borges e Valéria Sena. Em entrevista ao JORNAL INTERAÇÃO, o presidente da Câmara, Roberto do Sindicato, disse que “os trabalhos da Comissão Processante deverão durar 90 dias e deverão ser  realizados na sede da Ampla, Uniaraxá ou até mesmo no plenário da Câmara”. Segundo o relator da Comissão, Mauro do Detran, “os trabalhos da comissão já terão início nesta sexta-feira [hoje], dia 6 de maio. Vamos seguir todos os ritos legais do processo e ouvir os citados, defesa, acusação, fazer diligências para buscar a verdade com isenção e muita ética, coerência dentro da lei.”

Por Editor1

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