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clima café 2A safra brasileira de café (arábica e conilon) fechou o ano em 43,24 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado. O resultado representa queda de 5,3% em comparação à produção de 45,64 milhões de sacas do ano passado. Os dados constam do quarto e último levantamento do grão para o ciclo 2015, divulgado ontem pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), vinculada ao Mapa (Ministério do Abastecimento, Pecuária e Agricultura).   A redução da produção de café é atribuída a fatores climáticos. Segundo o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, João Marcelo Intini, a cultura sofre incidências do clima no desenvolvimento da planta, na florada, na formação e no enchimento do grão e na fase da colheita. “A diminuição da safra ocorreu em boa parte das regiões produtoras de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo.” Com relação à pesquisa realizada em setembro (42,15 milhões de sacas), houve um aumento de 2,7% ou o equivalente a 1,1 milhão de sacas. Isso se deve, principalmente, ao ganho na carga produtiva de café em coco medida no período da colheita e ao rendimento do café beneficiado. De acordo com a Conab, a produção do café arábica deve ser de 32 milhões de sacas, o que representa 74,1% do total do país. Há uma redução de 1,7%, devido baixa de 1.532,7 mil sacas no Cerrado Mineiro e 524,9 mil em São Paulo, correspondendo a 26,6 e 11,4%, respectivamente. A espécie apresenta ganho de produção apenas na Zona da Mata mineira, Paraná, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Esta região de Minas está em ano de bienalidade positiva e, apesar das condições climáticas adversas, tem boa produtividade. No Paraná, Espírito Santo e Rio de Janeiro a produção recupera-se das condições climáticas adversas, superando a safra anterior. O conilon deve colher 11,19 milhões de sacas, o que representa uma redução de 14,2%, devido à queda da produção no Espírito Santo, maior estado produtor da espécie. O resultado se deve à estiagem da safra atual, com as lavouras do estado afetadas por déficit hídrico, elevadas temperaturas e grande insolação nos primeiros meses do ano, o que levou a uma má formação dos grãos.  O levantamento da Conab apontou que houve incremento em novas áreas para o cultivo do café. Isso significa que poderá haver recuperação do volume de produção do grão para as próximas safras. “O incremento de novas áreas nos dá o indicativo de que a produção poderá ser recomposta e melhorada”, assinalou o diretor da Conab. Para a área total plantada no país com as espécies arábica e conilon, o levantamento estima 2.248,9 mil hectares, que é Clima café 10,9% inferior à da safra passada e corresponde a uma redução de 19.707,5 hectares. Desse total, 326,8 mil hectares (14,5%) estão emformação e 1.922,1 mil hectares (85,5%) estão em processo produtivo. Com relação ao café arábica, a área plantada no País soma 1.766,9 mil hectares. Nesta safra, houve um decréscimo de 1,1% ou o equivalente a 18.860,5 hectares. Minas Gerais concentra a maior área com a espécie, com 1.190,6 mil hectares, seguido de São Paulo com 213 mil hectares. Já para o café conilon, há uma redução de 0,2% na área, estimada em 482 mil hectares.

Por Editor1

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