Em assembléia geral realizada na manhã da última terça-feira, dia 27 de outubro, na sede do Sindicato dos Bancários de Araxá, a categoria decidiu pelo fim do movimento que em Araxá durou 21 dias e atingiu em torno de sessenta por cento dos trabalhadores em instituições financeiras do município de Araxá. Segundo afirmou à reportagem do JORNAL INTERAÇÃO, o vice presidente do Sindicato dos Bancários de Araxá, Lourival Victor de Oliveira, “ a decisão pelo encerramento da greve foi da maioria dos companheiros. Seguindo uma orientação do comando de greve nacional, após 3 semanas de paralisação das atividades, nós decidimos aceitar a proposta dos banqueiros de aumento de 10 por cento nos salários, mais 14 por cento na cesta alimentação e também de 10 por cento de participação no lucros”. Ainda segundo o vice presidente do Sindicato dos Bancários de Araxá, Lourival Victor de Oliveira, “ na avaliação final, o movimento foi positivo. Nós tivemos a adesão de quase 60 por cento da categoria na greve e os bancos locais neste período tiveram seus serviços de atendimento ao cliente comprometidos.”
A GREVE NO BRASIL
A maioria da categoria aceitou a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenabam) de reajuste salarial de 10%, aplicáveis aos salários, benefícios e participação nos lucros, além de correção de 14% no vale-refeição e no vale-alimentação. Os bancos aceitaram também abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas. Assim, após a volta ao trabalho, os bancários compensariam, no máximo, uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro.
Negociações
Os bancários deflagraram a greve no último dia 6 de outubro. A categoria reivindica reajuste salarial de 16% com piso de R$ 3.299,66. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) chegou a apresentar uma proposta de reajuste de 5,5%, com piso de R$ 1.321,26 a R$ 2.560,23, mas foi rejeitada pela categoria nas assembleias durante a primeira semana. Outras propostas chegaram a ser feitas. A última ocorreu nesta sexta-feira (23), quando a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou reajuste salarial de 10%, aplicáveis aos salários, benefícios e participação nos lucros, além de correção de 14% no vale-refeição e no vale-alimentação.
