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Foto Wanderleia Cine Sesc 1Todos nós queremos melhorar de vida. Esse sentimento nos impulsiona nas dificuldades e nos guia em quase todos os aspectos. Quando saiu da casa dos pais em Barra do Corda,  no interior do Maranhão, aos 18 anos, Vanderleia de Melo da Silva tinha essa mesma motivação. A jovem buscava no Sudeste emprego e novas oportunidades para construir o seu futuro. Chegou ao Triângulo Mineiro, na cidade de São Gotardo, e agora, aos 30 anos, mora em Araxá. Ao longo dos anos, ela construiu uma nova vida: se casou com o enfermeiro Marcelo Antônio Machado (40), concluiu seus estudos no Ensino Médio e se capacitou como Garde Manger. Hoje ela é a responsável pelas comidas frias (saladas, molhos, entradas, etc.) em um restaurante do município. Entre todas essas conquistas, se passaram 12 anos desde a sua partida. Mesmo se programando para visitar os amigos e o filho, Italo Cauã (11), a cada dois anos, a saudade aperta. Foi então que, do outro lado da rua, na instituição que fica em frente ao seu trabalho, Vanderleia encontrou uma força. Lá, ela conheceu o poder transformação da arte por meio da música, artes plásticas e de sua primeira sessão de cinema. “No Sesc eu aprendo a pintar, canto e aprendo a tocar violão. Todas as atividades e amigos que fiz aqui ajudam o tempo a passar depressa”, conta. Aluna dos Cursos de Arte e Cultura do Sesc Araxá há cerca de um ano, Vanderleia se surpreendeu com a própria capacidade. “Achei que eu não conseguiria aprender a pintar ou a tocar por ser uma pessoa muito agitada, mas o emprenho e a paciência dos  professores me fizeram ter confiança e persistir”, revela. Hoje, ela é a orgulhosa autora de uma tela inspirada nos quadros do holandês Vincent Van Gogh e arrisca sozinha algumas melodias no violão. “Penso em, um dia, fazer uma exposição. Quem sabe não me transformo em uma artista?”, brinca. Seu interesse nas atividades oferecidas pela unidade também a permitiu descobrir uma nova paixão: a sétima arte. No dia 16 de julho, Vanderleia viveu pela primeira vez a experiência de ir ao cinema, em uma sessão do CineSesc com o filme Histórias que só existem quando lembradas (2012), da diretora brasileira Júlia Murat. “Sabe quando uma criança ganha seu primeiro presente? Foi assim. As lições de superação que a gente tira dos personagens nos dão ânimo para não desistir de nossos próprios objetivos”. Ela, que agora não perde uma sessão, está ansiosa para ver um filme com sua atriz favorita, Giovanna Antonelli. “Cada filme é uma experiência nova”, acrescenta. Com o coração iluminado por todas as possibilidades que a arte oferece, Vanderleia tem planos otimistas para o futuro. “O Sesc me proporcionou conhecimento, novas Fotoi Wandelai sesc 2perspectivas de vida. Com as coisas que eu tenho aprendido aqui, me dá vontade de melhorar a cada dia”, finaliza. Em todo o estado, cerca de 6 mil pessoas, das mais variadas faixas etárias, estão matriculadas nos cursos de arte e cultura do Sesc e, assim como Vanderleia, têm a oportunidade de expandir seus horizontes. Em todas as regiões mineiras, também são realizadas sessões do Cine Sesc,, que levam ao público os encantos da sétima arte.

Por Editor1

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