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Em uma importante reunião realizada no último fim de semana, na sede da Associação Comercial de Araxá (Acia), comerciantes locais (bares, supermercados, armazéns, sacolões e pontos de venda de produtos derivados do leite), o IMA – Instituto Mineiro de Agropecuária,  Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Vigilância Sanitária, laticínios e produtores rurais (produtores e vendedores de queijo) discutiu-se e debateu-se o tema “Regularização da Produção e Comercialização do Queijo Produzido na Região do Alto Paranaíba.” O encontro proposto e coordenado  pelo Ministério Público, representado pelo Promotor de Justiça Marcus Paulo  Queiroz Macêdo, além da troca de ideias, também serviu para que o MP apresentasse alguns dados e números preocupantes em relação ao assunto. Segundo Marcus Paulo, “hoje o  Ministério Público (MP)  estima que 90% dos queijos produzidos e comercializados  no Estado de Minas Gerais sejam de origem totalmente duvidosa.” Na reunião que durou quase duas horas, comerciantes, vendedores, produtores  e técnicos deram depoimentos e também concordaram com a preocupação do Ministério Público em relação ao assunto. Em entrevista ao JORNAL INTERAÇÃO, o chefe do escritório do IMA de Araxá, Calimério Guimarães, disse que “às vezes, o produtor não se adequa [sic] às exigências legais de produção e comercialização do queijo por achar que é muito difícil e complicado. Isso não é verdade. Hoje quem produz queijo de forma irregular precisa procurar o IMA para garantir a venda do produto dentro dos padrões de qualidade exigidos. É só assinar com a gente um termo de adequação, que terá uma duração de no máximo dois anos. Por etapas,  ele vai se adequando até chegar ao fim do processo, já cadastrado e não tem complicação”. Segundo  Ismael Novais, que é gerente de um ponto de venda de queijos e derivados em Araxá, “até parece que  vender queijo hoje é crime. Mas eu acredito que se todos os produtores e vendedores de queijos se ajustassem dentro das normais exigidas,  tornaria mais justa e tranquila a  comercialização do produto para todos.” De acordo com o empresário Luiz Augusto Nunes de Almeida (Doces Joaninha), “temos, sim que apertar o cerco e nos adequar cada vez mais. Este é um processo sem volta.  Essa sequência tem dado mais qualidade ao nosso queijo e confiança aos consumidores.” No final do encontro, os vendedores de queijos que participaram do debate assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto ao Ministério Público, por meio do qual todos  se comprometem com a venda legal do produto. Finalizando, o Promotor de Justiça Marcus Paulo revelou que o próprio Ministério Público e a Vigilância Sanitária Municipal já realizam um trabalho de fiscalização normal, mas que, a partir de agora, com o TAC, o combate às atividades comercias ilegais e a  fiscalização serão intensificados.

Por Editor1

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