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“Festival Nacional da Canção atrai artistas de grandes centros”

Sair de um grande centro de produção cultural e viajar para o interior de Minas Gerais: Esta decisão tomada pelo cantor e compositor Mongol parece inverter a lógica. Mas buscar um lugar ao sol é ir onde o povo está.  O compositor iniciou a carreira na década de 1970 no circuito alternativo do Rio de Janeiro. Dez anos mais tarde compôs canções para os discos de Oswaldo Montenegro e ainda venceu o festival MPB 80 realizado pela Rede Globo com a música “Agonia”, interpretada por Oswaldo. Canção que foi a mais tocada naquele ano. Já conhecido e reconhecido pelo mercado da música popular brasileira, Mongol há anos vem deixando a cidade maravilhosa para participar do Festival Nacional da Canção – um movimento de música popular que resistiu ao tempo e está há 45 anos dando oportunidade para artistas de todo o Brasil. “ O Fenac é um dos poucos festivais que promovem este tipo de ambiente. Me faz sentir vivo como profissional e me relaciona com novos artistas do Brasil inteiro”, comenta Mongol.

Essa viagem para o interior vem transformando o artista. O carioca, que na década de 1990 tocou em todas as rádios do Brasil com a música “Emaconhada”, um regue ousado que falava sobre o conflito de um pai com a filha usuária de maconha, mudou o jeito de compor. Segundo ele, um dos motivos foram as participações no Fenac. E concluiu: “Eu ouvi outras músicas e eu passei a conhecer coisas que a rádio e a televisão não me permitem ouvir”.

Em uma das participações no festival Mongol ficou entre as finalistas com a música “Saudade de Você” que hoje é a canção de trabalho de Oswaldo Montenegro rebatizada como  “A vida quis assim”. Segundo Cristina Marques, coordenadora do Fenac ”o Festival Nacional da Canção é o grande movimento cultural da música para compositores e interpretes no Brasil. O evento preserva a boa letra e a melodia. Pra isso incentivamos os artistas distribuíndo 250 mil reais em prêmios”.

Recentemente o músico Marcus Viana se manifestou sobre o movimento mineiro afirmando que os festivais são extremamente necessários para a cultura nacional. “O Fenac ficou sendo o nosso grande festival”, afirmou Viana.

Artistas de todo o Brasil podem participar do Fenac. Os participantes tem até o dia quatro de Junho para se inscreverem nesta edição do evento. As informações já estão no site  www.festivalnacionaldacancao.com.br.  Só em 2014 foram cerca de 3000 inscrições. Este ano o Fenac vai selecionar 156 músicas.

A caravana do festival pega estrada no final de Julho. Os artistas serão dividos em seis fases classificatórias, que vão acontecer em São Lourenço (24 e 25/7), Extrema (31 e 1/8), Varginha (7 e 8/8), São Thomé das Letras (14 e 15/8), Guapé (21 e 22/8) e Três pontas (28 e 29/8). Cada cidade receberá 26 músicas. Os participantes serão colocados a prova por um júri especializado. Eles vão selecionar cinco músicas por etapa. Um total de 30 privilegiados vão para as semifinais em Boa Esperança (4 e 5/9) – completando as sete sedes – onde disputam dez vagas para a grande final (6/9). Foi nessa cidade onde o evento surgiu há 45 anos.

“Saio com prazer do Rio de Janeiro para participar do festival no interior de Minas Gerais. Para apresentar onde o povo está e onde quem quer assistir o seu trabalho. No interior você consegue um maior alcance do que no grande centro.”, comenta Mongol.

Por Editor1

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