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Na última segunda-feira, 6, o primeiro Fórum Comunitário de 2012 tratou sobre a questão da reabertura do Frigorífico Pacheco. Representantes dos poderes judiciário, legislativo e executivo, da Capal, do Sindicato dos Produtores Rurais, da Acia e demais convidados estiveram presentes na Casa da Cidadania para se chegar a uma solução da reabertura do Frigorífico Pacheco, interditado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, desde outubro de 2011.

Os vereadores, então, propuseram uma revogação da lei que doa o terreno para a empresa e o frigorífico ficaria sob responsabilidade o município com o objetivo de sanar o problema, já que o terreno atualmente é do proprietário desde 2010, quando a Prefeitura lhe concedeu esse direito. Reformas e adequações ficariam por conta do poder público que poderia gerenciar essas ações ou abrir uma licitação.

O proprietário do Frigorífico, Geraldo Pacheco, disse que pelo investimento feito no local, ele é totalmente contrário a essa ideia. “Eu cumprir todas as normas e obrigações que me colocaram e está no ponto de abrir. Ele só não abriu por falta de técnico de fazer a vistoria técnica do Ministério da Agricultura. Não estou de braços cruzados. Desde outubro, quando foi fechado, gastei mais de R$ 300 mil fazendo as adequações”, argumentou o proprietário.

De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Rural, Wander Prugger, mais conhecido como Mãozinha, colocou que nenhum segmento saia com prejuízo. “Hoje o pequeno produtor, não tenho nenhuma dúvida disso, tem o prejuízo de até R$ 20 por aroba. Eu entendo que pelo emprego que gera a cidade não pode ficar sem o frigorífico, mas em nenhum momento, vejo que a população de Araxá que consome essa carne esteja sido prejudicada porque não houve um desabastecimento de carne em nosso município”, disse o secretário.

Segundo o vereador José Maria Lemos Júnior, mais conhecido como Juninho da Farmácia (DEM), que solicitou o Fórum Comunitário, a decisão mais acertada seria a volta da área para o município. “Que o nosso prefeito faça adequação de acordo com as normas do SIF (Serviço de Inspeção Federal) para que o nosso frigorífico seja reaberto e depois logicamente tudo pronto que se faça uma licitação, quem sabe o próprio empreendedor que hoje está lá no local, o Geraldo Pacheco, possa vim participar dessa licitação e continuar seus trabalhos”, ressaltou Juninho.

O promotor Dr. Marcus Paulo de Queiroz Macedo, sugeriu também a imediata retomada do serviço pelo poder público para resolver o problema, já que na Lei Orgânica do Munícipio consta a obrigação da municipalidade pela manutenção do serviço de matadouro ou de abatimento de animais. “Se esse serviço for terceirizado para se dizer, foi concedida a uma empresa uma obrigação que é do município e não está cumprindo adequadamente as suas obrigações assumidas com a Prefeitura de Araxá como o Ministério da Agricultura estar afirmando a ponto de interditar o Frigorífico, a única solução que eu vejo é da Prefeitura assumir o serviço e fazer as reformas que o Ministério da Agricultura exige”, argumentou.

O promotor ainda esclareceu que o fechamento do único frigorífico da cidade fez com que o Ministério Público instaurasse um inquérito para apurar denúncias de abates clandestinos. “Estamos colhendo elementos junto ao IMA [Instituto Mineiro de Agropecuária], ao Ministério da Agricultura e estou esperando a resposta deles para ver o que realmente está acontecendo nesse momento porque as informações que eu tinha era até 2010, então, a formação atual do ano de 2012, o que está acontecendo nesse momento porque foi interditado, isso não havia sido passado”, salientou.

O presidente da Associação Comercial de Araxá (Acia), Marcio Antônio Farid, sugeriu que a Capal assumisse o abatimento dos animais no município. Uma carta, contendo o material debatido em Fórum Comunitário foi entregue ao prefeito de Araxá, Jeová Moreira da Costa na tarde desta terça-feira, 7, durante a primeira reunião ordinária promovida pela Câmara Municipal em 2012.

Por admin

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