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Na categoria Crônica, Victoria Ordonez encantou a todos, relatando um fato que ocorreu com a orientadora de trânsito Maria Abadia, nas imediações de sua escola.

No último dia 7 de novembro, a aluna Victoria Renata Borges Ordonez, 15 anos, esteve em Natal, RN, juntamente com sua professora Maria Isabel, participando das semifinais das Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa – Escrevendo o Futuro, e trouxeram uma grande notícia. A estudante da Escola Estadual Professor Luiz Antônio Corrêa de Oliveira, Polivalente, é uma das 33 finalistas das Olimpíadas de Língua Portuguesa que viajarão para Brasília nos próximos dias 9, 10 e 11 de dezembro. Victoria ficou entre as seis finalistas da região sudeste, sendo duas de Minas Gerais.

A Olimpíada de Língua Portuguesa “Escrevendo o Futuro” está em sua terceira edição e tem como objetivo desenvolver ações de formação de professores, com o objetivo de contribuir para a melhoria do ensino da leitura e escrita nas escolas públicas brasileiras.

 Victoria está concorrendo na categoria Crônica, com o texto intitulado “Um Vagalume ao Meio-Dia”. Em sua redação, ela usou essa expressão como alusão à orientadora de trânsito Abadia, que passava apuros com um motorista bravo por ter chamada a sua atenção por parar em cima da faixa de pedestre. “… E o homem que não era bobo nem nada, viu que estava em desvantagem, achou melhor acatar as ordens da Abadia, pediu desculpas meio a contragosto e foi arrancando o carro de fininho. Foi aquela algazarra. Todo mundo abraçando a Abadia, batendo palmas”, descreveu a situação nesse trecho reproduzido.

Victoria destacou que escreveu sua crônica com o objetivo de o leitor imaginar o que realmente aconteceu com a Maria Abadia. “Eu procurei escrever a cena muito bem detalhadamente para o leitor se sentir vendo aquela cena. É praticamente transformar o texto em uma imagem”, acrescentou.

A estudante contou como foi a produção de seu texto junto com a professora Maria Isabel Fagundes de Paula. “Quando a Isabel veio com a proposta da Olimpíada para mim, a Zulma [diretora], poucos dias atrás, tinha acabado de passar apresentando a Abadia e aí a Isabel deu a ideia de homenageá-la, e decidi fazer o texto. A professora disse ‘faz o texto que você acha que tem que fazer e depois a gente vai aprimorando’. A alma do texto ficou a mesma. O que a professora mudou foi aprimorar um pouco mais o jeito das palavras e essas coisas”, disse Victoria.

Victoria confessou que o interesse pela leitura foi devido ao convite da professora para participar da Olímpiada de Língua Portuguesa. “Sempre fui muito ansiosa, nunca fui de ler, agora estou me interessando cada vez mais, principalmente nas crônicas. Desde que começou a Olimpíada, já li três livros e estou lendo cada vez. Estou achando uma parte de mim, e nunca achei que ia conseguir fazer isso, mas estou saindo até bem. Já tenho até um caderno em que já fiz sete textos. A família sempre me deu apoio e pretendo participar de outras olimpíadas”.

A professora Maria Isabel Fagundes de Paula, que auxiliou Victoria na crônica, comentou do orgulho da conquista para a escola. “Esse momento é igual à crônica que eu escrevi: ‘é pura magia’. A Victoria tem grande chance de conquistar a Olímpiada de Língua Portuguesa, porque o texto dela foi muito bem escrito e traz uma plasticidade muito grande. Você lê o texto e consegue ver em cada detalhe a cena de tudo o que retrata. Eu sempre brinco que, além de esse vaga-lume brilhar, ele também está passando o brilho”, falou orgulhosa a professora de Victoria.

“O professor tanto pode fazer o aluno brilhar como também pode ofuscar o brilho. Eu tenho procurado ficar na retaguarda para que ela brilhe. O importante é ela brilhar e crescer, porque agora é a vez da Victoria. Ela brilhando leva a escola junto”, destacou Isabel.

Para a diretora da escola Polivalente, Zulma Moreira, independentemente do resultado obtido em Brasília, DF, a instituição já conseguiu seu grande objetivo. “É um orgulho muito grande devido à dimensão do campeonato. A competição abrange todo o País. Foram 3 milhões de textos que estiveram nessa concorrência. Eu falo que a principal consequência de qualquer prêmio que a escola ganha é o incentivo para o aluno que ganhou e aos demais. Acende uma motivação em todos e é a principal conquista que nós temos. Muito maior que o prêmio é o reflexão disso para o ambiente escolar”.

Victoria e Maria Isabel, por terem sido semifinalistas, já ganharam um tablet. Em Brasília, aluna e professora, se ficarem entre as primeiras cinco colocadas, serão premiadas com um notebook e uma impressora, e a escola, com dez computadores. 

Por Editor1

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