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Com o período de chuvas, a Fundação Ezequiel Dias reforça a importância de cuidados para prevenir a leptospirose. De acordo com dados do Ministério da Saúde, de 2011 a 2018, foram registrados em Minas Gerais 924 casos da doença e 102 mortes, o que representa uma letalidade de 11%. Febre, calafrios, dores musculares, cefaleia e dor ao redor dos olhos são os sintomas clássicos da leptospirose, uma doença grave que, se não for diagnosticada a tempo para o tratamento adequado, pode levar à morte.

O tratamento para leptospirose é feito a partir de antibióticos e os sintomas podem ser acompanhados de complicações renais, hemorrágicas, cardíacas, respiratórias e oculares. Para complementar o diagnóstico clínico e a investigação epidemiológica, o exame laboratorial é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em Minas Gerais, ele é realizado pela Funed, em um Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), que recebe as amostras encaminhadas pelos serviços de saúde de todo o estado.

De acordo com a chefe do Serviço de Doenças Bacterianas e Fúngicas, Carmem Dolores Faria, a Funed é o único laboratório público no Brasil a oferecer simultaneamente todos os métodos para o diagnóstico da leptospirose: ELISA-IgM, Teste de Microaglutinação (MAT), Cultura de Leptospira e Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Por ano, o Lacen processa em média 1272 análises.

Transmissão e prevenção

Durante as enchentes, a urina de roedores contaminados, que circularam em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama. Qualquer pessoa que tiver contato com essa água ou lama contaminada pode se infectar. A doença é causada por uma bactéria chamada Leptospira, que também pode estar presente na urina de outros animais como bois, porcos, cavalos, cabras, ovelhas e cães. Esses animais também podem adoecer e, eventualmente, transmitir a leptospirose ao homem. A doença pode ser transmitida após a permanência da pessoa por longos períodos em contato com água ou lama contaminada, mesmo com a pele íntegra e se agrava quando há arranhões ou ferimentos na pele.

De forma geral, as principais medidas de prevenção da doença são o controle da população de roedores, a redução do risco de exposição às águas e lama de enchentes, medidas de proteção individual para trabalhadores ou indivíduos expostos a situação de risco, como o uso de luvas e botas; conservação adequada de água e alimentos; além de armazenamento e destinação adequados do lixo.

Por Editor1

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