Logo Jornal Interação

O I Encontro Brasileiro de Pesquisadores e Produtores de Lúpulo (Enbralúpulo) aconteceu nos dias 22 e 23 de novembro, nas dependências da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, campus de Botucatu, em São Paulo. O evento que reuniu pesquisadores, produtores e estudantes de Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo, Tocantins e, até do Paraguai, teve como finalidade estimular e consolidar o contato entre pesquisadores e produtores de lúpulo do Brasil. Além disso, existe a intenção de buscar suprir a demanda indicada por pequenos e médios produtores de lúpulo na região centro-oeste, sudeste e sul do país. Durante os dois dias de visitas técnicas e debates, foi apurado um total de 225 participantes inscritos e apresentados 36 trabalhos científicos. Destaque – Dentre os estudos apresentados, destaque para a pesquisa intitulada Crescimento de plantas de lúpulo (Humuluslupulus L.) sob diferentes doses de NPK em Araxá-MG, realizada pelos agrônomos, Rosana Maria da Cruz Fernandes, Leonardo Correa Vilela e Alex de Souza Abreu. A apresentação ficou a cargo da agrônoma Rosana, mineira de Diamantina, mas residente em Araxá. Ela exibiu os resultados obtidos até agora com o plantio do lúpulo na Fazenda São José em Araxá-MG. A planta de origem europeia é um dos principais ingredientes na fabricação da cerveja.       De acordo com a produtora Rosana, o Lúpulo Mundo Novo nasceu em março de 2018 com o início do plantio de 600 plantas que corresponde a um 1/4 de hectare. Ela salienta que, com a primeira colheita, mesmo em fase de testes, já foi produzida cerveja do lúpulo; ” A princípio, a produção foi somente para consumo próprio, mas a partir da segunda colheita, em janeiro de 2020, já estará disponível para comercialização. Estamos a caminho para aumentar o plantio. Existe uma demanda crescente de produção de cervejas artesanais e o potencial para atender este mercado é grande”, observa.

 

Estudo – O cultivo de lúpulo é uma experiência nova e ainda não se tem estudos publicados sobre as necessidades nutricionais da planta. A linha de pesquisa foi baseada na avaliação do crescimento das plantas de lúpulo da variedade Cascade com aplicação de diferentes doses do macronutriente NPK. Dentre as variáveis analisadas, houve um melhor desempenho das plantas em uma das doses aplicadas. No encontro em Botucatu, parte desse estudo foi apresentado em pôster e avaliado por uma banca de especialistas, obtendo o 1º lugar na categoria.

Lúpulo–Além de ser um ingrediente fundamental na produção de cervejas, o lúpulo também tem propriedades de conservante natural, antibiótico, bactericida e ansiolítico,e ainda atua como auxiliar no tratamento de doenças do sono e sintomas da menopausa, entre outros, sendo utilizado por indústrias farmacêuticas como componente de medicamentos. Mas, o maior consumidor do lúpulo é mesmo a indústria cervejeira, tendo 98% de sua produção destinados a este mercado por conferir à bebida o amargor e aroma característicos. De acordo com dados da Aprolúpulo, o Brasil tem cerca de 15 mil pés de lúpulo plantados, insuficientes para atender a demanda nacional de produção de cervejas artesanais, já que seriam necessários 25 milhões de pés.

Por Editor1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *