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Coluna do Daniel de Freitas

11//07/2019- 18:50

PorEditor1

jul 11, 2019

Você já assistiu a uma comédia pastelão?

Não tenho como saber se meus conterrâneos já assistiram à esse gênero cinematográfico / teatral. Mas sei, com certeza, que estamos assistindo a uma “comédia pastelão” mal explicada, mal escrita e protagonizada por grupos que se associaram para extorquir nosso país e que não contavam com a inserção de um único ato, especialmente planejado por um grupo de homens da lei a favor do povo brasileiro, chamado “Operação Lava Jato”.

Esse gênero cultural tem como características as cenas que, por absurdas, provocam sensações de riso fácil, mas podem conduzir a desfechos muito trágicos. No caso em pauta, em que o elenco interessado no desfecho é o povo brasileiro e cujo desfecho está ainda por acontecer, podemos evitar o pior. Mas temos que nos envolver no processo, com muita vontade, ou os antagonistas da comédia escreverão um final nada feliz para os brasileiros.

Vou comentar apenas um ato, que está se passando agora no palco “Brasil ao Vivo”.

O Supremo Tribunal Federal, liderado, entre outros suspeitos ministros, por Gilmar, Tofolli e Lewandowisk, vai julgar a isenção do ex juiz federal Sérgio Moro e de Procuradores Federais integrantes da Lava Jato.

Há motivação maior ou piada pronta melhor para enredo de uma  comédia pastelão?

É só entrar na internet e rever as ações do Ministro Gilmar, sempre a favor da soltura de bandidos ricos. É só ouvir as gravações das conversas de Gilmar com Aécio, onde ele afirma que já fez sua pressão sobre Anastasia e Tasso e que vai falar com o senador Flecha ou o diálogo com Silval Guaseli (ex governador do MT e parceiro de negócios escusos do ministro). Esse tem moral para falar em isenção do atual Ministro Sérgio Moro e da equipe de procuradores da lava jato?

E o ministro Tofolli? Trabalhou sob as ordens de José Dirceu, que o guindou à condição de ministro, sem nunca ter exercido sequer um cargo de procurador ou juiz. Sem parcimônia vota em tudo a favor do reconhecido bandoleiro José Dirceu. Mais, sua mulher atua em escritório de advocacia que defende bandidos de colarinho branco no STF. Tofolli jamais se considerou suspeito para julgar qualquer caso, nem os oriundos desse escritório. Ainda recebeu e creio que continua recebendo a modéstia quantia de cem mil reais por mês de sua mulher (?). A que negócios devem se relacionar esses pagamentos? Ele nunca esclareceu.

Lewandowisk tem história parecida com a de Tofolli. Ao que se sabe dona Marisa (falecida esposa de Lula)teria trabalhado para a família de Lewandowisk. Casou-se com Lula, que estava despontando como líder político. Lewandowisk então agarrou-se à carreira política de Lula, o que o levou até o STF. Protagonizou um dos episódios mais infames que envergonhou o Brasil diante do resto do mundo. Em conluio com o calhorda do Renan Calheiros rasgou a CF, ao não aplicar a pena de suspensão dos direitos políticos de Dilma por oito anos.

Esses são três dos ministros que irão julgar a isenção dos verdadeiros heróis integrantes do MPF e da Justiça Federal que lideraram a operação lava jato até aqui.

Contra a maior quadrilha que já existiu no planeta terra, esses nobres, corajosos patriotas empreenderam uma verdadeira guerra desigual contra os bandidos. Colocaram suas vidas em risco pela pátria. Impingiram novo rumo ao país e nova onda de esperança ao povo brasileiro.

E agora serão avaliados por aqueles ministros.

É ou não é uma “comédia pastelão” de muito mal gosto?

 

Daniel de Freitas é araxaense e administrador de empresas

Por Editor1

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