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Aulas práticas do projeto já se iniciaram e 40 pessoas estão sendo contempladas com essa iniciativa que conta com o apoio do Ministério da Cultura. Vagas ainda estão abertas.

Após o lançamento do projeto Vidança no último dia 20 de agosto, a iniciativa que conta com o apoio do Ministério da Cultura já está com as aulas práticas com os alunos. Quarenta oficineiros recebem orientações da empresária do Centro de Danças do CAK e da bailarina Polyana Cardoso Ribeiro em aulas de segunda a sexta-feira em dois períodos sendo de manhã e à tarde com crianças e adultos também participando das oficinas se juntando a elas. As aulas estão sendo promovidas no espaço Centro de Danças CAK.

Coordenadora, diretora e idealizadora da realização da primeira edição do Projeto Vidança, Polyana explicou que a ação é uma visão melhor da vida por meio da dança. “Nós vamos trabalhar com deficientes visuais e no segundo momento, com crianças carentes. A gente vai mostrar para eles que não têm barreiras. A dança vence todas as barreiras e, com certeza, eles vão ter uma tranquilidade e uma alegria muito grande de estar dançando”, disse.

A proposta da dança inclusiva surgiu do crescente movimento mundial que vem ocorrendo destinado a criar programas que valorizem a participação de todos, em especial pessoas com deficiência, tanto em atividades sociais quanto pedagógicas e culturais. “Nós estamos gostando demais do resultado porque a cada aula eles estão dando para gente mais do que esperava, então está muito surpreendente. Eu já tinha um sonho muito tempo e estou podendo realizá-lo. Na prática, a gente ver que é muito mais tranquilo que imagina”.

“As aulas são divididas na primeira parte com o alongamento que conta com a participação de uma fisioterapeuta específica para isso, depois começamos a parte de dança propriamente dito. Com as crianças estamos trabalhando o balé clássico e com os adultos estamos trabalhando a dança de salão, mas especificamente o bolero e o forró também. No final da aula, fazemos um alongamento ou senão uma brincadeira de distração. O pessoal gosta demais, rir demais e sempre quer mais”, comentou a idealizadora do projeto.

A telefonista Rosimeire Borges Vaz tem deficiência visual avançada e está muito feliz por participar do projeto. “O meu sonho é dançar no palco, pra mim este projeto é esplêndido, maravilhoso, estou gostando muito. Me sinto mais relaxada, com mais flexibilidade e adoro a parte da socialização com as outras pessoas. Está sendo uma grande conquista”, destacou a aluna.

Quem também participa das oficinas é o músico Sami de Moura que acha a iniciativa muito interessante. “Isso pra gente é uma beleza, já estou sentindo um molejozinho a mais no corpo. A gente fica bem melhor. Eu, enquanto músico, espero poder me soltar mais no palco, interagir mais com as pessoas. Espero poder dançar em festas e também no palco”, destacou o músico.

A interação entre o deficiente visual e a dança é provocada por causa de técnicas especiais apropriadas para este tipo de público alvo. “A questão do método é praticamente a mesma coisa. Só que com os deficientes visuais é preciso ir com mais calma. Tudo que a gente fala eles sabem fazer, tem o sentido muito apurado principalmente da audição. Tudo que precisa fazer e eles não conseguem enxergar, a gente faz através do toque que é nós tocando eles ou fazendo o movimento e os oficineiros tocando a gente, então, está dando super certo”, explicou.

Polyana ressaltou que ainda há vagas abertas para participar do projeto. “A gente ainda tem dez vagas ainda para as pessoas de Araxá que não estuda no Celb [Centro Educativo Louis Braile], mas são deficientes visuais e tem vontade de estar participando do projeto pode nos procurar”. O telefone de contato do CAK é 3661-0448 ou se fazer presente na Av. Imbiara, 130, anexo do Colégio Dom Bosco.

Com o preenchimento dessas vagas restantes, o projeto quer alcançar 50 participantes como número limite de contemplados. O projeto Vidança terá duração de 12 meses e foi aprovado com recursos de cerca de R$ 360 mil sendo que deste valor, 60% foram captados na Lei Rouanet do Ministério da Cultura do Governo Federal.

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