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Rally Dakar 2019

18//01/2019- 17:25

PorEditor1

jan 18, 2019

Terminou nesta quinta-feira (17) a 41ª edição do Rali Dakar. Uma edição que, por muito pouco, quase não aconteceu, mas após acordo com o governo peruano, a ASO (Amaury Sport Organisation) conseguiu realizar e promover a prova, ainda que mais curta do que de costume. Ao todo, foram dez dias de especiais, num total de 2.956 km e percurso completo, incluindo os deslocamentos, de 5.600 km. O roteiro iniciou em Lima, e se desenrolou por Pisco, San Juan de Marcona, Arequipa, Moquegua e Tacna, no extremo-sul, quase na divisa com o Chile, antes de fazer o caminho inverso até retornar à capital do Peru. O Dakar 2019 marcou a incrível sequência da dinastia da KTM nas motos, agora ampliada para o 18º ano consecutivo. Toby Price, mesmo com o punho lesionado, suportou as dores e venceu pela segunda vez a maior prova off-road do mundo. Não foi uma jornada fácil para o australiano, lutou para lidar com a lesão e também com fortes adversários como Pablo Quintanilla, Sam Sunderland, Matthias Walkner, Joan Barreda e Ricky Brabec. Valeu a regularidade e a confiabilidade de uma robusta e quase inquebrável KTM, que não o deixou na mão neste ano que marcou a conquista do bicampeonato. Se a KTM mantém uma invencibilidade histórica nas motos, a disputa dos carros teve uma marca campeã pela primeira vez. A Toyota dominou do início ao fim o Dakar 2019, tendo Nasser Al-Attiyah como líder em nove das dez etapas, enquanto o sul-africano Giniel de Villiers comandou o segundo dia de provas, mas ficou para trás depois de sofrer com um vazamento de óleo da sua Hilux. Toby Price e Matthias Walkner festejam mais um título para a KTM no Dakar (Foto: Marcin Kin/KTM). Nasser, ao contrário, não teve maiores problemas e usou e abusou da experiência que, aliada à falta de confiabilidade apresentada pelos carros dos principais adversários, como Stéphane Peterhansel e Carlos Sainz, com Mini John Cooper Works Buggy da X-Raid, e Sébastien Loeb — o maior vencedor de especiais do ano, com quatro — que correu com o Peugeot 3008 DKR da PH Sport, teve o caminho livre para vencer o Dakar, a terceira vez com três marcas diferentes: Volkswagen, Mini e Toyota.
O desfecho da competição dos caminhões marcou o pentacampeonato conquistado por Eduard Nikolaev. O russo, que aos 34 anos já havia faturando um Dakar como navegador de Vladimir Chagin, assumiu o legado do ‘Czar do Dakar’ e dá sequência ao domínio do ‘exército russo’ da Kamaz. Em 2019, Nikolaev levou a tripulação do caminhão #500, ao lado de Evgenii Iakovlev e Vladimir Rybakov ao topo do pódio, desbancando os compatriotas Dmitry Sotnikov, Dmitrii Nikitin e Ilnur Mustafin no penúltimo dia. De todas as cinco competições principais do Dakar, a mais previsível foi a dos quadriciclos. Méritos do argentino Nicolás Cavigliasso, que dá sequência ao legado vencedor do país no Dakar, na trilha dos compatriotas e irmãos Marcos e Alejandro Patronelli. Com 27 anos, Cavigliasso dominou a prova, liderou na classificação geral do primeiro ao último dia e venceu nove das dez especiais. Uma performance quase perfeita. Por fim, a disputa dos UTVs, a classe que mais cresce no Dakar, viu uma dupla chilena no topo do pódio. Francisco ‘Chaleco’ López, que ‘bateu na trave’ a terminou duas vezes em terceiro lugar no Rali Dakar nas motos, ficou fora da competição desde 2015 e voltou neste ano de forma triunfal. Com uma transição que se mostrou muito bem-sucedida, ‘Chaleco’ e seu navegador, Álvaro Quintanilla, tiveram a chance de comemorar a vitória no maior rali do mundo. Os brasileiros fizeram bonito, com nada menos que sete competidores entre as dez duplas melhores colocadas. Campeões em 2018, Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin voltaram ao pódio e terminaram a edição deste ano em terceiro lugar.

Por Editor1

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