A etapa de Araxá do “Programa de Formação Sindical” registrou 14 novas filiações de entidades sindicais de vários setores.

O 1º Ciclo de Debate Sindical de Minas Gerais igualou o recorde paulista de novas filiações à Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) em um mesmo evento. A etapa de Araxá do “Programa de Formação Sindical” registrou 14 novas filiações de entidades sindicais de vários setores, que se juntam a 7 Confederações, 136 Federações, cerca de 3 mil sindicatos, representando quase 12 milhões de trabalhadores em todo o País. Esse número só foi alcançado em evento realizado em São Paulo, que teve como foco entidades do setor público.

Na sexta-feira, 31, o dia foi destinado a debates e a exposições de temas importantes no “Ciclo de Debates” de Araxá. Para anunciar a composição das mesas, o presidente interino do Sindicato dos Detetives de Polícia do Estado de Minas Gerais (Sindetipol/MG), Valério Valente, deu prosseguimento aos trabalhos.

Na composição da primeira mesa sobre “Procedimentos para Registro Sindical Junto ao MTE”, esteve: Antônio da Costa Miranda, presidente da NCST/MG, Naara Augusta, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Divinópolis e Região, e o palestrante Agilberto Seródio, advogado especialista em Direito Sindical e assessor jurídico da Nova Central, Contratuh e CNTTT.

Na sequência, João Domingos, presidente da CSPB e diretor financeiro da Nova Central, fez uma explicação minuciosa sobre o “Estado Social de Direito”. “Estou levantando este questionamento não é para que possamos construir um Estado Social de Direito ou destruir o Estado Liberal de Direito. Muito mais para que haja reflexão sobre o real objetivo e propósito do homem aqui na terra. Seria um desígnio de ser feliz e não apenas consumir? Que prevaleça, então o interesse da comunidade, e não o individual. Que todos busquem a vida com qualidade em detrimento da sobrevivência, e a reconstrução do homem em troca da valorização da mercadoria seja permanente” , disse.

Na segunda parte do debate, compondo a mesa sobre “Assédio Moral”, estava: Wilson Avelino, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro, Bares, Restaurantes e Similares, Turismo e Hospitalidade de Curvelo, Kátia Ferreira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Ibiá, e a palestrante Yamara Martins, administradora formada pela PUC-SP, docente universitária na área de Administração de Pessoas e gestora estratégica, especialista em Gestão de Pessoas e mestrando na área de qualidade de vida.

Para a especialista, o assédio moral contribui para o fracasso de todos. Nem a empresa nem os trabalhadores envolvidos (assediador /assediado) ganham, pois frequentemente a produção é menor e de pior qualidade, sendo, com isso, maior o índice de erros e os acidentes de trabalho aumentam. Além disso, a empresa perde muito dinheiro em indenizações, e o prestígio, quando algum caso vem a público. “O assédio moral consiste em uma perseguição psicológica, que expõe os trabalhadores a situações repetitivas e prolongadas de humilhação e constrangimento. Por isso, precisamos resgatar essas pessoas, tirá-las dessa situação. Temos que ser solidários”, completou.

Para encerrar a primeira etapa do “Ciclo de Debates” de Araxá, Vanderley Camargo, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Sacramento, Milane Borges, representante do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção Pesada de Minas Gerais, e dois expositores, Marcelo Domingues, gestor previdenciário do Instituto da Previdência Municipal de Passo Fundo (RS) e administrador de empresas, juntamente com Mário Henrique, também gestor da previdência do Instituto da Previdência Municipal (RS) fizeram um apanhado geral sobre o que é, como funciona, as consequências na vida da sociedade e as mudanças que estão por vir na Previdência Social, tanto do setor público quanto do setor privado. “Os jovens, no futuro, irão custear a aposentadoria dos idosos, pois o fator previdenciário, daqui a um tempo, poderá até acabar. Porém o tempo de contribuição e a idade para se aposentar serão elevados, sem dúvida alguma”, enfatizou Marcelo Domingues.

O presidente da NCST/MG, Antônio Miranda, encerrou falando sobre o orgulho de receber o “Ciclo de Debates” em sua região, e sobre a importância das questões abordadas ao longo do debate. “A informação é nossa arma para buscarmos nossos direitos no futuro, e assim olharmos o que queremos a partir do que já temos. Estou muito feliz com o sucesso que alcançamos com este debate de alta qualidade em Minas Gerais”, disse.

“Nós estamos honrados em receber esse encontro de suma importância para os sindicatos. Nós temos aqui mais de 40 entidades sindicais inscritas, mais de 25 cidades representadas e 70% do sindicato de Araxá presente neste evento”, ressaltou o presidente licenciado do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais das Prefeituras, Câmaras e Autarquias da Microrregião do Planalto de Araxá (Sinplalto), Hely Aires da Silva, coordenador deste encontro em Araxá.

Os próximos eventos do “Ciclo de Debates” no Estado de Minas Gerais já foram pré-agendados para:

-20 e 21 de setembro: Juiz de Fora;

-25 e 26 de outubro: Montes Claros;

-21 e 22 de Fevereiro (2013): Varginha;

-21 e 22 de Março (2013): Governador Valadares;

-25 e 26 de Abril (2013): Belo Horizonte.