Logo Jornal Interação

Givago Mateus Leite – Chefe M.A
Letícia Gracielle Morais Ceccato – Eng. Ambiental
Rodrigo Machado Ribeiro – Biólogo

A queda de galhos de duas árvores centenárias, que ficam no largo do Cemitério  das Paineiras e ao lado do Velório Municipal de Araxá, há quinze dias, voltou a colocar em risco a segurança de pedestres e trabalhadores das imediações, mas principalmente, daquelas pessoas, que visitam o cemitério e frequentam o Passo da Saudade. No final do ano passado, alguns galhos de uma, das paineiras, cairam, atingindo dois veículos, que estavam estacionados em frente ao  velório. Por sorte, não havia movimento no Passo da Saudade e o carro atingido, não tinha ocupante. A reportagem do JORNAL INTERAÇÃO,  procurou o IPDSA – Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Araxá, para saber qual a atual situação das duas paineiras, os riscos e providências de segurança, que deverão ser tomados pelo Instituto, a partir de agora. O Chefe de Meio Ambiente do IPDSA, Givago Mateus Leite, apresentou um documento de sete páginas, onde foi elaborada uma avaliação fitossanitária das duas árvores da espécie ‘ Ceiba Speciosa’, no Cemitério das Paineiras, também popularmente chamadas de paineiras. O laudo apresentado, revela que, “no dia 26 de novembro de 2017, foi realizada uma vistoria referente à condição fitossanitária de duas espécies de ‘Ceiba Speciosa’, na qual foi identificada a presença de larvas do besouro gigante metálico ( Euchroma Gigantea), no tronco de uma das árvores, porém a outra árvore, apresentava vários galhos lascados em sua copa, locais propícios para as fêmeas dos besouros colocarem seus ovos.”  Segundo o Biólogo do IPDSA, Rodrigo Machado Ribeiro, “ desde  2016,  a gente tinha recebido um comunicado da  Cemig para monitorar as paineiras, por causa da infestação deste besouro exótico, oriundo da Amazonas. Esse besouro, tem preferência por este tipo de árvore. Ele danifica o tronco e o caule, onde as larvas vão comendo no sentido radicular, deixando os galhos mais fracos, fragéis, causando as quebras. No período  de chuva, ventos, ou floração, aumenta o peso das copas e os galhos danificados pelo besouro quebram e caem.” O Biólogo, explicou também que, “ esse besouro tem ciclo de vida de um ano e podemos afirmar que em Araxá, existem muitos deles. Lá no Barreiro, onde existem em torno de 52 paineiras, nós coletamos dezenas desse besouro e suas larvas.” Rodrigo foi enfático em dizer que, “de acordo com esse laudo técnico, nós já adotamos principalmente lá no Barreiro, medidas de poda dessas árvores”. Especificamente sobre as duas árvores, do largo do Cemitério das Paineiras, Rodrigo revelou que, “ o ideal é cortar e suprimir aquelas paineiras, pois as duas, estão com risco de queda. Hoje não existe uma técnica ou ação eficaz para combater e erradicar os besouros.”  Já a Engenheira Ambiental do IPDSA, Letícia Gracielle de Morais Ceccato, disse que,” a larva desse besouro chega a atingir 12 centimetros, as fêmeas põem seus ovos entre os meses de dezembro e março, por entre as rachaduras  em cascas  das árvores. O período médio de incubação é de 19 dias. Como as larvas destroem o sitema de raízes, as árvores ficam sem sustentação, caindo facilmente pela ação do vento e da chuva.” A conclusão do Laudo técnico afirma que, “ constatou-se que ambas as árvores encontram-se comprometidas e possuem risco eminente de queda. As árvores estão localizadas bem próximas ao Velório Passo da Saudade, colocando em risco a própria edificação e os transeuntes. Destaca-se que o local possui intenso fluxo de veículos e pedestres, ressaltando o caráter urgente da supressão ( corte).” Finalizando, o Chefe de Meio Ambiente do IPDSA, Givago Mateus Leite, disse que, “ seguindo um cronograma da Prefeitura de Araxá, nós já conversamos com o José Humberto Borges, responsável pela Assessoria da Secretaria de Serviços Urbanos da Prefeitura de Araxá, para definir e programar a operação técnica de segurança para realizar a supressão das duas paineiras. Também deveremos fazer no local o plantio de outras árvores e como sugestão talvez criar ali, um tipo de ‘Memorial das Paineiras’.”

 

 

Por Editor1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *