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No último dia 27, foi realizada uma reunião ordinária da Academia Araxaense de Letras (AALetras), em sua sede, na Casa do Poeta.  A convite da presidente Catia Maria Lemos Melo Zema, um seleto grupo de Acadêmicos comemorou os Cem Anos de Jorge Amado, no sodalício, com uma exposição dos livros do autor, inclusive de uma coleção doada por Cláudia Rosa, filha da Acadêmica Cecília Beatriz Porfírio Borges Rosa.

Coube ao Acadêmico Hermes Honório da Costa, professor com título de mestrado pelo Instituto de Letras e Linguística da UFU, palestrar sobre a importância do centenário e da obra de Jorge Amado, e ele o fez de forma entusiasta e erudita, próprio de um amante da literatura. Entretanto, não perdeu a oportunidade para refletir a dimensão política da obra do autor e também de seu alcance social.

Para escritores estrangeiros, histórias de Jorge Amado continuam sendo a melhor expressão literária da sociedade brasileira. Mas, no centenário de nascimento do escritor baiano, o reconhecimento sobre a importância de sua obra continua a crescer no Brasil e no exterior.

Amado é um dos escritores brasileiros mais conhecidos internacionalmente, com obras publicadas em 49 línguas e 55 países. O centenário motivou uma série de seminários e eventos comemorativos em inúmeras cidades do País e em Academias nacionais e internacionais.

Jorge Amado não escreveu livros, escreveu um país. Ele foi um escritor popular em um país onde não se lê muito, e que não tem uma tradição de leitura, apesar de ter grandes escritores. O baiano destacou a herança africana e a mistura que compõe a sociedade brasileira como valores positivos do país. Ele tinha o compromisso de ser uma espécie de narrador do Brasil, alguém que quer passar o país a limpo. Adotava uma postura crítica dos problemas sociais do País e, ao mesmo tempo, retratava um povo alegre, trabalhador, que não desiste.

Sua literatura se aproxima da cultura de massa. São textos que parecem ter sido escritos para serem adaptados, o que constata “Gabriela”, que está no ar na Rede Globo.

Com a preocupação de proporcionar uma leitura agradável, Amado fez o que queria: conquistar leitores e contar suas histórias.

A Academia Brasileira de Letras inaugurou a exposição “Jorge Amado – 100 anos”. A mostra está aberta ao público, de segunda a sexta-feira, no 1º andar do Centro Cultural do Brasil, sede da ABL, no Rio de Janeiro, até o dia 28 de setembro, das 10 às 18 horas. A entrada é gratuita.

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