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Toda boa viagem começa com o desejo e com as curiosidades de outros cantos, viajar é sair do avesso e entrar em sintonia com você mesmo, através do ato de transformar o tempo em quem ele realmente é, calmo, tranquilo e generoso.Tratando se de uma viagem de Bicicleta a preparação te deixa completamente apoderado de alegria. Acerta detalhe daqui de cá, acerta detalhe acolá,alforjes prontos, e eu Mateus Passarinhar em companhia do amigo Igor Rocha desatamos em direção a Divinópolis – MG “a princesinha do centro oeste mineiro”.

O dia dez de julho de 2017 foi escolhido para tal façanha. Rumamos para a Cidade de Tapira (56 km) pertencente ao Circuito da Canastra. Tapira desponta para o ecoturismo, possui todas as rotas que um montanhês quer conhecer, povo simples, natureza exuberante, cachoeiras e rios com meandros maravilhosos.

A recepção ficou por conta da família “Nequinhas” que por suma e brilhante amizade nos faz sentir em casa.Altos papos e uma boa noite de sono nos deixaram prontos para seguir viagem.

O próximaparada, diga-se obrigatória neste percurso, é o Arraial de São João Batista da Serra da Canastra.Um nome extenso para um dos arraias mais aconchegantes da Serra pertencente a São Roque de Minas, este vilarejo da luz aos olhos, além de surpreender até os olhares mais dispersos por sua beleza. A exuberância dos rochedos, o verde que parece estender o infinito, o campo florido, o prato principal são duas cachoeiras desaguando serra a fora em meio ao arraial parafraseando o canto das águas.

Larissa Veloso Paulai sempre nos recebeu muito bem em sua casa, e que casa! Ótima opção para alugar e chamar os amigos para ficar uns dias de vento em poupa.Almoçamos “jantamos” na Dona Elza e no Sr. Vicente, além das cervejas o papo rolou solto com duas pessoas que levam a harmonia em receber o outro em sua casa.Logo a lua brotou entre os montes prateando os horizontes,logo após o alvorecer aquelecafé da manhã típico das Minas Gerais, pão com ovo e claro uma “taia” do queijo canastra nos proporcionou o gásnecessário para percorrer o Parque Nacional (74 KM).

Passando pela portaria II do Parque,adentramos e logo rastros de Tamanduá Bandeira, Lobo Guará e muitas aves, muitas mesmo. Paramos na parte de cima da Cachoeira do Rolinhos, a maior cachoeira da Canastrasão 210 metros morro abaixo, lanchamos, nosrefrescamos nas suas águas e adivinha, o pneu furou! Superada a primeira adversidade, partimos para o Curral de Pedras, trocamos informações com um pessoal de Brasília e fomos beber água na nascente do maior rio brasileiro, o Rio São Francisco.A prece inevitável de agradecimento pela saúde que nos pertence e a alegria de estar ali acompanhados, advinha por quem?Um baita Tamanduá Bandeira, deu mole pra nós numa visão privilegiada de quem está livre nos campos limpos do chapadão.A descida para São Roque de Minas é realmente majestosa, muitas curvas e poeira que só vendo!

Fomos recebidos no Camping Flor de Maracujá pelo belo casal de Guias, Mariana Vabo e Helder Marques, com uma generosa e farta mesa com quietudes “canastreiros”.Que recepção “viuuu”! Como tudo que é bom dura pouco, ou talvez no seu tempo certo, partimos para Pimenta (94 KM).

Após passar no mercadinho para fomentar o comércio local e seguir estrada.Algumas currutelas ali, outras aqui e já estávamos em um baresquina com a avenida JK da cidade de Pimenta-MG, apreciando uma clássica cerveja muito gelada, comendo um filezinho de Tilápia esperando o nosso anfitrião local,Pauloez sair do seu trabalho para nos encontrar.Pensem em um encontro …reencontro com uma trupe das mais arrumadas do mundo. Preparam de tudo pra nos receber, que recepção!Agora já não são mais as belezas naturais que nos impulsionam, mas sim a delícia da chegada no Sitio da Bivó (100 KM) aonde eu Mateus passei por toda a minha infância cercado de carinho e voraz amor da Vovó Maria e da minha família querida.

Chegamos ao planejado em duas rodas com aquela recepção notória de abraços e sorrisos largos de uma conquista. Festejamos muito com a Graça forte de Deus com um pensamento bem básico para a vida:passarinhar alimenta se de causos e quadros pintados pelo criador, guardados num cantinho chamado vida.Valeu Lilitooo (Igor) pela boa companhia, ano que vem tem mais!

Mateus Passarinhar

Bacharel em Turismo e Hotelaria pelo Centro Universitário do Planalto de Araxá UNIARAXÁ, Especialista em Turismo de Base Comunitária pela Universidade Federal de Santa Catarina UFSC. Apresentador do Programa Passarinhar na Rádio Volt FM 87.9,Ciclo turista / Fotografo / Pai da Raissa, da Bebella e do João Inácio.

Por Editor1

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