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Park Bocaina, lugar previlegiado com estrutura crescente
As barracas deram um charme a mais na estrutura da sede do Park Bocaina

Foram quatro dias de muita ação, adrenalina e integração esportiva, na realização da 3º edição do Rock Bocaína, que aconteceu no último fim de semana, entre os dias 12 e 15 de outubro no Bocaína Park, em  Araxá, localizado na Serra da Bocaína a 30 quilômetros da cidade de Araxá. Este ano a terceira edição do evento, que primou pelo Festival de Escalada, também foi ampliado e teve outras atividades esportivas, com  o objetivo de integrar atletas e promover diversas modaldiades esportivas ligadas à natureza e ao meio ambiente. E a novidade do evento  deste ano visou agregar outras  modalidades ligadas a aventura, esporte e ar livre em um só lugar, fez  o maior sucesso. Durante quatro dias de evento centenas de atletas do Brasil e até do exterior, como o campeão Brasileiro de escalada, Felipe Camargo, Maíra Vilas Boas entre outros que  se revezaram na prática de:  highline, mountainbike, train run, trekking e voo livre, e claro a escalada. Várias atividades complementares também fizeram parte da

Cachoeira da Argenita Rio S. João Serra da Bocaína

programação, como yoga, pilates, acumputura.  O evento ainda  apresentou shows artísticos e culturais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Confira as entrevistas exclusivas para o  JORNAL INTERAÇÃO, com os atletas Maíra Vilas Boas e Felipe Camargo; realizadas por Ryanne Alcântara:

                                                                                  MAÍRA VILAS BOAS

Maíra Vilas Boas escalando
Maíra Vilas Boas curtindo uma via muito especial

– Como você começou a escalar e com quantos anos?

Comecei a escalar durante a faculdade de Educação Física, com 24 anos.

– Quando percebeu que podia alcançar um nível profissional?

Quando comecei a fazer alguns feitos difíceis em MG e ter boa colocação em campeonatos.

– Quais são os maiores desafios na escalada para você e como você lida com eles?

O maior desafio é conseguir conciliar o trabalho, com os treinos e a escalada em rocha. Além de conseguir apoio e patrocínio para escalar fora do Brasil.

– Como é a sua rotina de treinos e cuidados com a saúde?

Treino indoor 3 dias na semana e escalada na rocha 2 a 3 dias por semana. Faço acompanhamento fisioterápico e nutricional.

– O que você achou do Rock Bocaina 2017? Pretende voltar para as próximas edições?

O Rock Bocaina foi um evento maravilhoso, organizado com muito carinho. Receberam pessoas do Brasil inteiro com uma estrutura incrível. É um lugar que atende esportistas de várias modalidades. Fantástico!

– O que a Bocaina oferece como diferencial para quem é escalador?

A Bocaina eferece escalada esportiva para todos os níveis de dificuldade, além de boulders de muita qualidade. O quartzito multicolorido encanta os apaixonados pela escalada e pela natureza.

– O que o esporte significa pra você?

Minha vida gira em torno do esporte. Trabalho, estudo, lazer, amigos. Amor pelo o que eu faço, então me dedico integralmente à Escalada.  

– Quais são seus ídolos dentro do esporte?

No Brasil, me inspiro em ídolos como Lucas Marques e Janine Cardoso. Fora do Brasil, me inspiro em ídolos como Daila Ojeda e Patxi Usobiaga.

-Em que pontos acha que o Brasil deveria melhorar no apoio aos atletas escaladores?

Com incentivo de políticas públicas, com certeza. A escalada estará nas olimpíadas de Tokio em 2020, e o Brasil deveria investir muito mais na escalada e nos esportes em geral.

– Você tem algum conselho para quem está começando a escalar?

Para quem está começando a escalar sempre aconselho procurar o muro de escalada mais próximo para aprender sobre técnica, força e resistência específica da modalidade. Consequentemente, fazer o curso de Escalada em Rocha com um profissional capacitado.

                                               FELIPE CAMARGO

Felipe Camargo levou muita experiência e mostrou suas habilidades

– Como você começou a escalar e com quantos anos?

Comecei a escalar aos 10 anos. Tudo começou no Sesc de São José do Rio Preto. Eu e meu irmão mais velho havíamos ido ao local para jogar bola e nadar e lá havia uma paredinha de escalada. Experimentamos e gostamos e começamos a ir toda quinta e domingo. Seis meses depois os monitores abriram a Altitude Escalada que é onde eu treino até hoje.

– Quando percebeu que podia alcançar um nível profissional?

Foi meio natural. Foi acontecendo. Eu sempre quis continuar escalando. Aos 12 anos fui entrevistado e me perguntaram o que queria ser, qual a profissão que eu queria. Eu queria algo que me permitisse seguir com a escalada. Até então não sabia que isso poderia ser possível, mas a partir dos meus primeiros patrocínios, aos 15 anos, pude perceber que poderia seguir com a escalada como profissão.

– Quais são os maiores desafios na escalada para você e como você lida com eles?

Os desafios são diversos. Resistência física, psicológica, confiar em quem te auxilia nos momentos de escalada. Também é preciso confiar nos equipamentos. Seguir com uma carreira em escalada é um desafio também, pois esse esporte não tem tanto espaço na mídia, por ser novo no Brasil, o que dificulta algumas possibilidades de patrocínio. Mas estou feliz por isso estar mudando, melhorando.    

– Como é a sua rotina de treinos e cuidados com a saúde?

Depende da época do ano. Nos três, quatro primeiros meses treino bastante, dois períodos por dia, de cinco a seis horas, seis vezes por semana. Tudo também depende muito dos compromissos, objetivos que tenho, das competições, mas tento escalar no mínimo cinco vezes por semana durante do o ano. Eu tento me cuidar com treinamentos funcionais preventivos para evitar lesões, mas confesso que deveria cuidar mais da minha nutrição. Apesar da boa genética que tenho eu como besteiras.

– O que você achou do Rock Bocaina 2017? Pretende voltar para as próximas edições?

Foi irado. A energia da Bocaina é muito boa mesmo. É um lugar que gosto demais. Tinha muita gente participando, o que é um sinal do crescimento da escalada. Foi ótimo e pretendo com certeza voltar nas próximas edições.

– O que a Bocaina oferece como diferencial para quem é escalador?

É um lugar diferenciado por ter vias para todos os tipos de escaladores, desde o iniciante ao profissional. Tem trilhas ótimas, rochas bonitas, sem contar a vibe e energia do lugar mesmo. Muito bonito e especial.

– O que o esporte significa pra você?

É minha vida, é o que amo fazer desde os meus dez anos de idade. Acho que passei mais tempo escalando do que fazendo qualquer outra coisa. O esporte significa muito para mim. É tudo.

– Quais são seus ídolos dentro do esporte?

Tem muita gente que admiro. Em cada fase minha tive um ídolo diferente. Dani Andrada, Chris Sharma,Patxi Usobiaga, são os três nomes principais que me vem à cabeça agora. E aqui no Brasil o Andre Berezoski (Bele). São essas pessoas em que mais me espelhei.

Em que pontos acha que o Brasil deveria melhorar no apoio aos atletas escaladores?

Tem muita coisa ainda para melhorar, principalmente as pequenas empresas. Precisam querer realmente apoiar os esportistas, não só disponibilizando produtos, pois sabemos que ninguém vive apenas disso.

– Você tem algum conselho para quem está começando a escalar?
Divertir-se ao escalar, não se preocupar apenas em treinar, experimentar diferentes tipos de pedra, ao máximo, pois isso vai fazer a evolução da pessoa de início, mais ainda do que um treino.

Ryanne Metzker, (25 anos), estudante de Design de Interiores em Vitoria – ES, realiza trabalhos freelance como modelo fotográfica, amante da natureza e esportes de aventura, há 1 ano conheceu a escalada, apaixonou –se pelo esporte e por tudo que ele proporciona. Compartilha seus trabalhos e aventuras no seu instagram pessoal @ ryannemetzker .

 

Por Editor1

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