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Em entrevista exclusiva ao JORNAL INTERAÇÃO, esta semana, o juiz da vara criminal de Araxá, Renato Zouain Zupo, revelou: “Houve uma proposta de delação premiada junto ao Ministério Público de Araxá por meio do advogado do ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Araxá, senhor Miguel Alves Ferreira Júnior, com base nos autos, e esta proposta foi homologada. Eu não entro no mérito do teor da delação; apenas se ele segue as exigências legais e foi homologado e, por conta disso, eu homologuei e abri vistas para as partes, para que digam, ao final  das contas, se pretendem ou não produzir novas provas em virtude desse novo fato em questão.” Ainda de acordo com Zupo, “a delação do senhor Miguel já aconteceu na semana que passou. O sigilo judicial que pairou sobre a delação premiada já foi retirado e acessivo às partes interessadas para que digam, diante da delação dos fatos,  se realmente têm outras provas a produzir.” Ele também informou que “o próximo passo agora é a sentença, que deverá ser rápida também.” Em relação a prazo de conclusão do processo e sentença de todos os vereadores envolvidos [Miguel Júnior (PMDB), Eustáquio Pereira (PT do B), Sargento Amilton (PT do B), Professor Cachoeira (PDT), José Domingos Vaz (PDT), Juninho da Farmácia (DEM) e Marcílio Faria (PT)], o  juiz contou que “os advogados desses vereadores vão se pronunciar  diante da delação e se, em virtude dela, têm outras provas para apresentar.” Finalizando, Zupo declarou: “Agora eu vou aguardar a manifestação deles; se forem adquiridas novas provas, a gente vai sentar e analisar se são cabíveis ou não;   se não houve nada de especial, eu vou  encerrar o processo.”

Entenda o caso

Há quase dois anos, os sete políticos de Araxá foram indiciados no inquérito sobre a compra e venda de apoio político na Câmara Municipal. O anúncio foi feito pelos delegados responsáveis pelo caso na época, Cézar Felipe Colombari e Conrado Costa da Silva, no dia 23 de outubro de 2015. No decorrer das investigações, a Polícia Civil ouviu escutas telefônicas que revelaram detalhes do caso. Os delegados concluíram que o presidente da Casa se reelegeu por meio de corrupção, além de ter confessado o pagamento de propina a políticos.  O ex-vereador Miguel Júnior foi indiciado cinco vezes pelo crime de corrupção ativa. O Ministério Público (MP) ofereceu uma denúncia à Justiça contra os vereadores investigados, em 2016. Conforme o promotor Marcus Paulo Queiroz Macêdo, os crimes pelos quais os sete vereadores foram denunciados são de corrupção passiva, ativa, ou ambos, com pena de 2 a 12 anos. “Foi uma denúncia criminal, ofertada pelo MP, com indiciamentos da Polícia Civil dos sete agentes públicos. Todos foram processados criminalmente”, disse o promotor.

Por Editor1

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