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Adicionar Minas Gerais em uma situação cultural, respirando música clássica e concertos acústicos de alta qualidade, visão que há dez anos não existia no estado, oferecendo um produto de alta qualidade. Desmistificar a ideia de que concertos de orquestra são opções culturais para um público restrito. Democratizar o acesso à música clássica. Estes são os desafios e objetivos do maestro paulista Fabio Mechetti. Como diretor artístico e regente titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, criada pelo Governo de Minas Gerais, em 2008, o maestro dos concertos de abertura da 10ª temporada de apresentações desta quinta-feira e sexta-feira, dias 16 e 17 de fevereiro, às 20h30, na Sala Minas Gerais, Fabio Mechetti posicionou a Orquestra mineira nos cenários nacional e internacional. Em cartaz na estreia da temporada, a execução do poema sinfônico Festklänge, de Liszt, e a Sinfonia nº 5 em dó sustenido menor, de Mahler. Com ela, o regente conquistou vários prêmios, realizou gravações para o selo Naxos e turnês pelo Uruguai e Argentina para a disseminação do repertório sinfônico brasileiro e universal. Em entrevista  Fabio Mechetti falou sobre a importância de levar ao público um trabalho de alta qualidade, ao maior número de pessoas possível, fomentando a cultura de música orquestral, desmistificando e popularizando o acesso aos concertos sinfônicos, e do plano de criar uma orquestra jovem e uma academia para dar oportunidades para os amantes da música clássica.

Quais elementos são essenciais no comando de uma Orquestra Filarmônica?

Fabio Mechetti – Um conjunto de elementos são essenciais para a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais revelar uma produção de alta qualidade. A Filarmônica começou em 2008 comigo e foi criada a partir de uma premissa política: toda a base da orquestra foi construída e planejada em busca de excelência. Tudo o que desvia desse caminho tentamos evitar. Acho que os resultados que a Orquestra tem conquistado nestes anos têm mostrado que estamos no caminho certo. O Governo demonstrou compromisso com a gente ao construir uma sala exclusiva para a Filarmônica, onde agora podemos tanto ensaiar quanto realizar as apresentações. Todos os músicos se sentem contemplados por executar as composições em um local que representa um marco na história dos espaços de concerto, por ter uma acústica fiel aos instrumentos orquestrais, e da própria Filarmônica de Minas Gerais.

A que se deve este crescente interesse do público pela orquestra e, consequentemente, pela música clássica?

Fabio Mechetti – Esse interesse começou a se expandir quando a Orquestra Filarmônica obteve uma posição de destaque no cenário cultural e artístico ao longo dos últimos anos, alcançado por apresentar ao público um produto de alta qualidade, com realização de importantes gravações e realizações. Desde o início da trajetória orquestral a Filarmônica já realizou 641 concertos com a apresentação de 835 obras do período barroco ao contemporâneo, que foram assistidos presencialmente por mais de 800 mil de pessoas, isso com 45% de gratuitamente. O objetivo é adicionar culturalmente o estado em uma dinâmica que há dez anos não existia, além dos programas que realizamos, preocupados em levar a Orquestra a todos os territórios de Minas Gerais.

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Qual a marca das comemorações dos dez anos da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais?

Fabio Mechetti – A décima temporada marca o sucesso que a Filarmônica tem tido na sua missão de oferecer música de qualidade a um público cada vez maior, dentro e fora de Belo Horizonte. Nossos assinantes crescem a cada ano, vários de nossos concertos têm estado lotados, obrigando-nos a duplicar apresentações, além da programação estabelecida; nossas séries educacionais, como os Concertos para a Juventude, também têm se esgotado. Isso mostra o interesse da sociedade mineira pela Filarmônica, desde os mais jovens aos mais velhos, e a confiança no trabalho que realizamos.

Por Editor1

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