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Sim! O mundo está melhorando, quanto ao aspecto material.

Quando eu era criança, aqui em Araxá, a miséria era maior. Pessoas descalças e de roupas rasgadas. Muitas doenças como verminoses, bócio, tuberculose, lepra, sífilis. As profissões eram poucas e de baixa renda: rachador de lenha, fazedor de muro de taipa, furador de cisterna, coisas assim. Não havia fábricas a não ser ferraria, padaria, selaria, bebidas e outras muito pequenas e de poucos empregos. Na roça, o trabalho era extenuante, na enxada de sol a sol, morando em ranchos precários, sem salários e à margem da sociedade. Alta natalidade por causa da alta mortalidade infantil.

A pobreza está diminuindo em todos os países, tanto em alimentação como em moradia como em bens de consumo. As pessoas estão calçadas e vestidas, possuem alguns aparelhos domésticos, celular e até carro. Sim! Há uma melhoria generalizada pelo mundo! Bilhões de pessoas que estavam marginalizadas, agora estão comprando e enchendo lojas, aqui, no México, Bolívia, Peru e pelo mundo afora. O pessoal do campo foi transformado em boia fria e recebe lá o seu salário. Parte dos desempregados recebe salário desemprego ou bolsa família, e outras várias maneiras de injetar dinheiro na população.

Isso é bom?

Claro que é! Três vezes bom. Bom para o cidadão (que sai da miséria), bom para os políticos (que ganham votos, distorcendo a democracia) e bom para a indústria e comércio (que aumentam suas vendas). E nós pagamos a conta! Até ganhamos, também, porque, menos miséria, menos violência!

Tanto a classe baixa como a alta estão em crescimento. Com velocidades diferentes.

Se você plantar um buxinho e um eucalipto, os dois vão crescer. O buxinho cresce até meio metro e o eucalipto vai para as alturas. A classe alta cresce muito mais rapidamente que a classe baixa. O pequeno crescimento de bilhões de pessoas da classe baixa está promovendo a maior e jamais vista concentração de riquezas nas mãos de poucos.

Nada ocorre de bom para a população, se não traz lucro ao poder econômico!

Esse é o aspecto material.

Melhorar a saúde não traz lucro, exceto pela venda de remédios que os governos compram e distribuem pela população. Por isso, o sistema de saúde progride bem lentamente.

Melhorar a Educação não traz lucro. Ao contrário, pessoas cultas dão trabalho. Então a Educação está piorando ano a ano levando o povo a não gosta de ler.

Dar esmola ou gerar emprego?

Um grave problema é que essa pequena melhoria não foi conquistada, mas é doação. Doação com as mais variadas formas de bolsas e distribuição de dinheiro pelos governos pelo mundo. Além disso, há as doações feitas pelas pessoas de mais posses, na forma de esmola, que trocam suas roupas e objetos por novos e doam os usados para instituições de caridade que fazem chegar aos necessitados. Não há conquistas a não ser pela criminalidade. Muitos julgam melhor ser atuante que passivo!

Todos os países do mundo possuem as mesmas formas de injetar dinheiro na população. A Holanda tem bolsa família! Essas formas de injetar dinheiro na população são um projeto mundial para aumentar vendas e minorar a crise desse sistema econômico. E os políticos faturam seus votos às nossas custas.

No Brasil, o Bolsa Família começou no final da época do FHC, foi crescendo, o PT deu continuidade e continuou crescendo e sempre vai crescer tanto pelo aumento populacional como pelo aumento das bolsas de acordo com as necessidades do capital. Bolsa Família não é socialismo, é capitalismo! O Bolsa Família não é conquista social, é necessidade do capitalismo em todo o mundo.

Interessante é o político dizendo ser ele quem dá os benefícios, por bondade própria, quando, na verdade, está apenas cumprindo ordens, em todos os países.

É urgente uma reengenharia da produção e distribuição de riquezas!

 

 

Por Editor1

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