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O governo americano quer que, daqui a 5 anos, os carros “falem” uns com os outros para evitar acidentes. A proposta de comunicação entre veículos foi entregue pelo NHTSA, órgão  responsável pela segurança nas estradas dos Estados Unidos. A ideia é que as montadoras tenham um sistema unificado, que sirva para todas as marcas, para sair de fábrica em carros novos. A meta é chegar a 50% dos veículos zero nos primeiros 2 anos, por volta de 2020, e as fabricantes teriam mais 2 anos para estender o recurso a 100% da produção. Órgão federal diz que sistema permitiria evitar até 80% das colisões envolvendo motoristas. Com o sistema, um motorista poderá ser alertado de um carro que freou à sua frente, mesmo que ele esteja fora da visão, aumentando as chances de que ele pare o veículo ou fazendo com que entre em ação a frenagem de emergência, item que deverá existir na maioria dos carros nos EUA até 2022. A privacidade não será comprometida, segundo o NHTSA, porque não circularão dados pessoais. A tecnologia é chamada de V2V (algo como “de veículo para veículo”) e poderá ser combinada com outros sistemas de autonomia do carro, além da frenagem automática. Segundo o órgão, mesmo em carros sem esses recursos de autonomia, o alerta permitiria evitar até 80% das colisões envolvendo motoristas que não estão alcoolizados. Para o NHTSA, a comunicação entre carros seria tão revolucionária para a segurança quanto o cinto e o controle de estabilidade. Ele poderia, segundo o órgão, salvar cerca de mil vidas por ano e evitar entre 190 mil e 270 mil acidentes. E ajudaria os EUA a cumprir a meta de zerar mortes nas vias em 30 anos. Quando estiver em um número considerável de veículos, o V2V também ajudará a melhorar o trânsito e até permitir a economia de combustível, diz o departamento de transportes. Um passo seguinte seria o V2I, que é a interação dos carros com a infraestrutura das cidades, permitindo a leitura eletrônica de semáforos e placas. O NHTSA pretende enviar orientações sobre esses dois sistemas ainda antes de o governo Obama acabar. Antes de as propostas entrarem em vigor deverá haver 3 meses de consultas públicas e 1 ano para adaptação das montadoras. Ainda assim, elas dependem de serem mantidas pelo novo governo de Donald Trump, cuja posse está marcada para o dia 20 de janeiro.

 

 

 

Por Editor1

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