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A Emater-MG e os produtores de alface do município de Mário Campos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estão investindo no combate a uma doença de nome curioso: a vira-cabeça. Ela é causada por um vírus transmitido pelo mosquito Tripes. A alface doente apresenta manchas e bronzeamento. A infecção começa normalmente em um lado da planta, fazendo com que ela fique distorcida, até causar a interrupção do crescimento. Os pés de alface infectados podem ter perda de 100%. “A medida mais importante é a plantio de mudas sadias. Elas devem ser produzidas em locais isolados, protegidas do inseto vetor”, explica a técnica da Emater-MG no município, Shelen de Souza. Ela informa que plantas atacadas pelo inseto, já no campo, devem ser eliminadas logo no início da doença. Isso evita que a larva do mosquito se alimente de plantas doentes. Também é importante eliminar o mato e as ervas daninhas que ficam ao redor das plantas. A última medida é o controle do mosquito com inseticida. “O produtor só deve tentar controlar o mosquito com inseticida natural ou químico, autorizado para esta cultura, se todas as medidas preventivas já tenham sido tomadas anteriormente, principalmente a produção de uma muda sadia”, comenta a técnica. Mário Campos é responsável por aproximadamente 30% do abastecimento de alface na RMBH. O aparecimento da vira-cabeça nos plantios foi no ano passado. O pico da doença, este ano no município, ocorreu em outubro, período com poucas chuvas e altas temperaturas, condições propícias para a proliferação do mosquito. “A tendência agora é diminuir por causa das chuvas. O aumento da umidade dificulta a proliferação do Tripes”, explica Shelen de Souza. Dos 200 hectares ocupados com alface no município, cerca de 40% foram perdidos por causa da doença neste ano. “Alguns agricultores perderam toda a produção de alface. Mas a maioria investe também em outras culturas, então há outras alternativas de renda”, comenta a técnica da Emater-MG.

 

Por Editor1

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