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Apresentado em maio de 1960, não demorou para que o Peugeot 404 se tornasse um dos automóveis mais respeitados do mundo. Desenhado por Sergio Pininfarina, era prático, confortável, robusto e relativamente acessível, conquistando o mercado com mais de 1,8 milhão de unidades em 15 anos de produção. Também se destacou com vitórias em competições de rali. Mesmo com tantos predicados, há sempre uma parcela do público que permanece insatisfeita, mas disposta a pagar mais por uma versão exclusiva. Pensando nessa clientela, a Peugeot solicitou à Carrozzeria Pininfarina uma variação que encantou o Salão de Paris de 1961. Assim nasceu o 404 Cabriolet, que seguia os mesmos passos do antecessor 403 Cabriolet e de modelos como VW Karmann Ghia e Renault Floride. Sua carroceria foi toda redesenhada. Em relação ao sedã, era mais longa, larga e baixa. Nenhum painel era compartilhado com os três volumes produzidos na antiga fábrica de Sochaux. Construída por artesãos do estúdio de design perto de Turim, seu detalhe mais vistoso era a traseira em queda suave, que quase eliminava os rabos de peixe característicos do404. Era a arma francesa contra os ingleses MG MGB, Lotus Elan, Sunbeam Alpine e Triumph TR4. A harmonia de suas linhas cativou o público e a imprensa especializada: seu estilo foi comparado ao dos melhores automóveis franceses, como Facel, Delage, Delahaye e Talbot. Além do status, o capricho na execução do projeto tinha seu preço. Custava cerca de 50% a mais que o 404 sedã mais caro ou o mesmo que um Chrysler 300 ou Jaguar E-Type.

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Por Editor1

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