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Mesmo após a vitória sobre o Grêmio, no Mineirão, o Cruzeiro ainda está em situação difícil no Campeonato Brasileiro. Na luta contra o rebaixamento, o time celeste vive mais um ‘ano de desespero’, assim como ocorreu no ano passado e em 2011, quando flertou com o descenso.

A Raposa ocupa a 16ª posição, com 33 pontos, dois a mais que o Figueirense, que abre a zona da degola. O aproveitamento da equipe nesta temporada é tão ruim que é inferior ao desempenho do ano passado, quando o Cruzeiro também correu risco de rebaixamento. Após 28 rodadas no campeonato de 2015, o time celeste tinha somado 36 pontos (três a mais) e estava a cinco de distância para o Z4.

No entanto, em comparação com 2011, quando a Raposa escapou da queda para a Série B somente na última rodada, ao golear o arquirrival Atlético, a situação atual é melhor. Há cinco anos, o Cruzeiro somava 30 pontos ao fim da 28ª rodada, no entanto, a diferença para a zona de rebaixamento era maior: três pontos.

Para dar prosseguimento à reação no Brasileiro, o elenco estrelado terá uma semana inteira para se preparar para o duelo com a Ponte Preta, sábado, às 21h, no Mineirão.

“Semana boa para corrigirmos aquilo que não dá tempo de se corrigir em outros momentos, quando é jogo atrás de jogo, e melhorar o que vem sendo bem feito. É uma semana que dá para trabalhar muitas coisas, para que se possa aperfeiçoar em busca de uma continuidade, muito proveitosa em diversos aspectos”, afirmou o volante Henrique.

Com o time em situação complicada na tabela, o volante, que foi o autor do gol da vitória sobre o Grêmio no último sábado, declarou que a garra dentro de campo tem que ser a mesma de quando a equipe está bem para fazer o clube subir na classificação e espantar de vez o risco de queda.

“Independente da circunstância, eu trabalho intensamente, mesmo se (o time) tivesse em um bom momento ou como agora. Sempre me dedico ao máximo, porque no futebol não podemos relaxar. E nosso grupo tem trabalhado intensamente”, assegurou.

Com 33 pontos, bastam mais 12 (ou quatro vitórias) para o Cruzeiro exterminar o risco de rebaixamento. Este é o cálculo do analista de números da Itatiaia, Domingos Sávio Baião, que é mais conservadora levando-se em conta a média de pontos que clubes conseguiram se safar nas últimas dez edições.

Desde quando o Brasileirão passou a ser disputado por 20 clubes, em 2006, a média para os times se salvarem do rebaixamento é de 44 pontos, mas há exceções: em 2014, o Palmeiras conseguiu escapar com 40, enquanto em 2009 o Fluminense só se livrou da degola ao alcançar 46 pontos.

Cruzeiro após 28 rodadas nos ‘anos de desespero’ do time no Brasileirão:

2016 – 33 pontos (16ª posição, dois pontos de distância para o Z4): 39,3% aprov.

2015 – 36 pontos (13ª posição, cinco pontos de distância para o Z4): 42,9% aprov.

2011 – 30 pontos (16ª posição, três pontos de distância para o Z4): 35,7% aprov.

Times que se salvaram do rebaixamento (média de 44 pontos):

2015 – Figueirense: 43 pontos (37,7% de aproveitamento)

2014 – Palmeiras: 40 pontos (35,1% de aproveitamento)

2013 – Flamengo: 45 pontos (39,5% de aproveitamento)

2012 – Portuguesa: 45 pontos (39,5% de aproveitamento)

2011 – Cruzeiro: 43 pontos (37,7% de aproveitamento)

2010 – Atlético-GO: 42 pontos (36,8% de aproveitamento)

2009 – Fluminense: 46 pontos (40,4% de aproveitamento)

2008 – Náutico: 44 pontos (38,6% de aproveitamento)

2007 – Goiás: 45 pontos (39,5% de aproveitamento)

2006 – Palmeiras: 44 pontos (38,6% de aproveitamento)

BELO HORIZONTE / BRASIL (28.08.2016) Cruzeiro x Santa Cruz, no Mineirão, em Belo Horizonte, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2016. © Washington Alves/Light Press/Cruzeiro

Por Editor1

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