Após um lançamento reservado no Teatro Municipal de Araxá e também na capital mineira, o engenheiro araxaense Murilo Borges de Castro Alves aproveitou o palco literário da quinta edição do Festival Literário de Araxá 2016, para lançar para amigos e convidados da cidade seu livro denominado ‘ Caráter, Ética e Relacionamento na Engenharia’ . O livro segundo o autor, “ é norteado em relatos de uma vivência profissional, desdobrados em lições aprendidas por meio de erros e acertos”. Este livro conta a trajetória profissional e aprendizado de um engenheiro mecânico nascido e formado no interior de Minas Gerais, sob o rigor da tradicional família mineira. Ingressou no mercado de trabalho em 1978 e, desde então, relacionou-se em, praticamente, todo o Brasil, sob os mais variados ambientes e demandas profissionais.
Estudioso dos fundamentos e valores que regem a prática da engenharia, assistiu e enfrentou conflitos éticos em relação à sua formação pessoal e familiar, agravados recentemente pelos escândalos envolvendo engenheiros, empreiteiras, empresas estatais e governos.
O conteúdo utiliza fatos e personagens reais e os inter-relaciona com reflexões e conclusões do autor, obtendo-se lições aplicáveis de forma construtiva ao leitor, sobretudo aos engenheiros sob a mesma “ameaça”.
“O aprendizado de cunho técnico se fundamenta nos conhecimentos mundiais sobre gerenciamento de projetos e qualidade de processos organizacionais – áreas nas quais o autor se especializou. A combinação dessa abordagem com os aspectos comportamentais dos engenheiros, relacionados ao caráter e à ética, resultou em uma obra valiosa para qualquer brasileiro que deseja um país melhor.
Quando se tem fundamentação técnica, procedimentos adequados e profissionais éticos responsáveis por cumpri-los e que , ao final dos trabalhos, assinam como responsáveis técnicos, compondo uma documentação confiável, dificulta-se uma eventual maquiagem dos números feita por altos executivos ou empresários inescrupulosos. Nesse processo crítico já se percebe o quanto é importante a ética dos engenheiros em funções técnicas relevantes e os líderes em cargos de gerência média nas empresas. Se assediados, não podem ceder a apelos que contrariem a qualidade técnica e a ética nas práticas da engenharia. Os estudos e relatórios precisam ser honestos e blindados contra maus líderes.
Considero que é o momento de se promover um debate nacional sobre essas melhorias nos processos críticos das estatais, governos, construtoras e nos ambientes da engenharia de uma forma geral, incluindo as faculdades que formam nossos engenheiros. Além de nossa obrigação óbvia de cumprirmos os nossos Códigos de Conduta Ética, incluindo o do próprio sistema Confea/Crea, temos a obrigação de adotarmos as melhores técnicas de gerenciamento nas rotinas das organizações e nos empreendimentos de engenharia, garantindo assim a qualidade técnica dos processos e a qualidade comportamental dos nossos engenheiros”.
