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algodaoComeçou  na  terça-feira (20/9) o período do vazio sanitário do feijão e do algodão nas lavouras mineiras. A iniciativa é do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e tem o objetivo de prevenir e erradicar nas plantações mineiras a ocorrência das pragas do bicudo do algodoeiro, no caso do algodão, e do mosaico dourado, no caso do feijão. As duas pragas têm potencial para causar prejuízos nas plantações. No caso do algodão a praga pode até mesmo inviabilizar o cultivo numa região inteira. No feijão o mosaico dourado causa perdas na produção e produtividade das lavouras. Para este ano o IMA estima realizar 170 fiscalizações nas lavouras das duas culturas.  O vazio sanitário do feijão foi estabelecido inicialmente pela Portaria do IMA 1308/2013,  atualizada posteriormente pela 1537/2015. Essa atualização foi feita de forma que o vazio fosse realizado na mesma época em Minas Gerais, Distrito Federal e Goiás. O vazio sanitário para o feijão dura 30 dias com início em 20 de setembro e prosseguindo até 20 de outubro. É realizado somente na região Noroeste de Minas, nos municípios de Arinos, Bonfinópolis de Minas, Brasilândia de Minas, Buritis, Cabeceira Grande, Chapada Gaúcha, Dom Bosco, Formoso, Guarda-Mor, João Pinheiro, Lagoa Grande, Natalândia, Paracatu, Riachinho, Unaí, Uruana de Minas, Urucuia e Vazante. A decisão de estabelecer o vazio para essa região é da Câmara Técnica de Defesa Agropecuária da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e atende à reivindicação dos produtores locais. Isso porque a região é um importante polo produtor e os agricultores querem prevenir-se contra a presença da praga do mosaico dourado. Já o vazio sanitário do algodão está estabelecido na Portaria 1429/2014, que sucedeu a 1019/2009 , também do IMA. Esta Portaria estabelece o período de 60 dias para o vazio, com início em 20 de setembro e prosseguindo até 20 de novembro.   “O cumprimento do período do vazio traz  benefícios para os produtores, com a redução dos ataques das pragas e diminuição da quantidade de agrotóxicos utilizados para fazer o controle das mesmas. Esse procedimento contribui para o aumento da renda dos produtores”, argumenta Nogueira. O gerente do IMA pondera também que  a redução do uso de agrotóxicos é um benefício esperado. “Acreditamos que houve redução estimada de 20% na quantidade de agrotóxicos utilizada nessas duas culturas”, disse. O IMA já realizou até hoje 439 fiscalizações dentro do vazio sanitário em plantações de feijão de todo o território mineiro. No caso do algodão foram 170 fiscalizações.  O número de notificações  de produtores que descumpriram as normas do vazio sanitário para o feijão foi de 13 desde 2010 e de 57 para o algodão desde 2013. Entretanto, como os produtores têm um prazo de 10 dias para regularizar sua situação após a notificação, exterminando as plantas, o número final de autuações caiu para uma de feijão e nenhuma para o algodão. De acordo com informações da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com base nos dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de agosto de 2016, Minas Gerais ocupa o segundo lugar no ranking nacional na produção de feijão, com 518,4 mil toneladas por ano, o que representa 18,3% da produção nacional. Já no caso do algodão o estado está na sexta posição nacional, com produção de 66,7 mil toneladas.

Por Editor1

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