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Treinamento_com_GPS_para_o_georeferenciamento_de_abrigos_de_morcegos__hematófagosO  Instituto Mineiro de Agropecuário (IMA) realizou nos primeiros seis meses deste ano 61 palestras para cerca de 900 produtores rurais em diferentes regiões do estado, dentro das ações educativas de prevenção e controle da raiva em herbívoros. A doença é transmitida pelo morcego hematófago Desmodus rotundus ao morder bovinos, equinos, caprinos e suínos, entre outros animais que compõem o plantel pecuário do estado.  As palestras realizadas por servidores do Instituto têm o objetivo de alertar os produtores para a necessidade de vacinar anualmente os rebanhos. “A imunização dos animais ainda é a melhor forma de se prevenir contra a doença, para a qual não há cura, levando à morte do animal”, explica Jomar Otávio Zatti Pereira, fiscal assistente agropecuário do IMA e coordenador, em Minas, do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH).  De acordo com Pereira informa que nos seis primeiros meses deste ano o IMA registrou a venda pelos estabelecimentos especializados de 8,8 milhões de doses da vacina antirrábica, número que já é mais da metade do total comercializado no ano passado, que foi de 14,4 milhões de doses. “Este é um bom sinal, indicando que os produtores estão atentos para a importância de promover a vacinação dos animais”, pondera. As palestras realizadas pelo IMA abordam também a necessidade dos produtores notificarem ao Instituto sempre que ocorrer a morte de um animal com suspeita de raiva. Essa notificação permitirá que os servidores do Instituto façam a coleta de material encefálico do animal morto para análise laboratorial e, se confirmada a doença, realizem uma vistoria na propriedade. Nesta vistoria os profissionais  investigam se há presença de abrigos na propriedade, de forma a fazer a captura dos morcegos hematófagos transmissores da raiva para os animais.  Nesse contexto, Jomar Pereira informa que no primeiro semestre deste ano profissionais do IMA coletaram 150 amostras de material encefálico de animais mortos com suspeita de raiva para análise laboratorial, a partir de notificações realizadas por produtores. Os resultados indicaram 117 casos negativos e confirmaram outros 33 com morte causada pela raiva, número considerado pequeno se considerado o rebanho de 23,7 milhões de bovinos em Minas. Outra ação enfatizada junto aos produtores rurais diz respeito à indicação de abrigos nas propriedades onde possa haver colônias de morcegos, viabilizando ao Instituto fazer a captura dos mesmos. Estes abrigos geralmente são ocos de árvores, porões, grutas, cisternas, cavernas e frestas de rochas, casas abandonadas, bueiros sob rodovias e ferrovias, pontes e locais com pouca ou nenhuma  iluminação. De janeiro a junho deste ano servidores do IMA capturaram 1.205 morcegos hematófagos em 521 abrigos vistoriados em todo o estado. Jomar Pereira explica que a captura é importante para o trabalho de controle populacional de morcegos hematófagos, uma vez que  depois de capturados eles recebem uma camada de pasta vampiricida, após o que são soltos no ambiente. Ao retornarem aos abrigos outros morcegos hematófagos terão contato com a pasta, que levará esses animais à morte por hemorragia. Para cada morcego aplicado com a pasta estima-se que entre 10 e 20 venham a morrer, explica Pereira. A raiva é uma doença infecto-contagiosa  causada por um vírus que afeta o sistema nervoso central dos animais, inclusive o homem. No caso do ataque a humanos, a pessoa que teve contato com o morcego ou com animal doente com suspeita de raiva deve índice procurar de imediato um hospital ou posto de saúde para tomar as vacinas curativas contra a doença. Segundo o diretor-geral do IMA, Marcílio de Sousa Magalhães, as atividades de combate e prevenção à raiva dos herbívoros integram o conjunto de ações desenvolvidas pelo IMA em relação às doenças que podem acometer os rebanhos, com o objetivo de garantir a sanidade do plantel pecuário de Minas. “Com isso, contribuímos para a oferta de alimentos com qualidade e segurança alimentar para a população”, diz.

Por Editor1

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