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MarmeloUma parceria entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e a Universidade Federal de Lavras (Ufla) pode garantir a inserção de novas variedades de marmelo em Minas Gerais. A experiência vai envolver a implantação e o acompanhamento de unidades de demonstração e observação da cultura a partir de sete tipos da frutífera, que serão plantadas inicialmente em áreas rurais do Sul, Campo das Vertentes e Norte do estado. O primeiro passo foi dado. A Ufla já distribuiu cultivares de mudas de marmelo a produtores dos municípios de Cambuí, Arantina, Marmelópolis, São João do Paraíso, Santo Antônio do Retiro e Montezuma. Cada um dos produtores selecionados por extensionistas da Emater-MG, recebeu, em média, um kit de 14 mudas de marmelo das variedades Portugal, Smyrna, Mendoza, Provence, Fuller, Pera e Alongada. “Alguns produtores receberam mais, pois têm áreas de plantio maiores”, pondera o coordenador técnico regional de Fruticultura da Emater-MG, o engenheiro agrônomo Deny Sanábio. Segundo o coordenador, toda a marmelocultura do estado mineiro está concentrada na produção da variedade Portugal, o que justifica o interesse em desenvolver novas cultivares da fruta. “Contar só com uma variedade traz risco para a atividade. Então, de posse do desenvolvimento de novas variedades, a universidade nos procurou para testar o comportamento de outros tipos em diferentes condições de clima, solo, e região”, explica Sanábio. De acordo o coordenador, os produtores já estão preparando as covas para o plantio que deverá ocorrer até o final de julho ou começo de agosto. “Depois de preparadas, as covas devem ficar pelo menos um mês para curtir o adubo e esterco que foram colocados”, ressalta, acrescentando que “a produção de frutos deve ocorrer a partir do terceiro ano pós plantio, por se tratar de uma muda de desenvolvimento mais lento”.Ainda segundo o engenheiro agrônomo, durante o período de crescimento das mudas os tratos culturais serão mantidos pelos agricultores sob a supervisão dos extensionistas. Os técnicos vão usar as unidades para promover dias de campo e outros eventos. Para o coordenador da Emater-MG, as unidades demonstrativas e de observação vão beneficiar todos os participantes da pesquisa. “O produtor vai receber as mudas, cuidar delas e a produção vai ser dele para comercialização. A universidade vai ganhar com a extensão, já que vamos testar em campo as variedades. E para o extensionista da Emater também vai ser bom, pois ele terá o respaldo dos resultados do experimento e assim poderá indicar o que for melhor para a formação de pomares na região”, diz Sanábio. Apesar do ponto de estagnação em que se encontra, a cultura do marmeleiro antecedeu em importância econômica à do café, constituindo o primeiro produto de exportação paulista, ainda nos tempos coloniais. Dados da Emater-MG, tendo por base a safra agrícola estimada para 2016, apontam que Minas Gerais tem uma produção anual de 339 toneladas de marmelo, ocupando uma área total de 47,5 hectares. A fruta tem como centro de origem o Oriente Médio, de clima temperado,e bastante exigente em tratos culturais. O plantio é feito por estacas enraizadas dos cultivares eleitos para exploração.

Por Editor1

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