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content_palma2Produtores rurais do Norte de Minas Gerais investem no cultivo da palma forrageira como opção para complementar a alimentação do rebanho leiteiro, principalmente em tempos de seca. Sem depender diretamente da chuva, a planta serve de alimento para bois, cabras e ovelhas, além de ajudar na hidratação dos animais, já que é constituída por até 90% de água. Para ampliar a oferta da palma na região, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), fornece mudas da planta e capacita o cultivo junto aos produtores locais. Segundo a pesquisadora e chefe-geral da Epamig Norte, Polyanna Oliveira, o projeto de distribuição da palma este ano passou a receber recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). “Vamos capacitar os extensionistas da Emater para repassarem o conhecimento técnico em todas as unidades demonstrativas que plantarem a palma, e vamos também instalar unidades demonstrativas da cultura”, explica. Na unidade da Epamig em Nova Porteirinha estão sendo pesquisadas duas variedades da palma forrageira, a chamada palma gigante e a miúda ou doce. “Elas são totalmente diferentes, tanto em desenvolvimento, tamanho da raquete e nutrientes. Queremos descobrir qual a melhor opção para a região, mas hoje trabalhamos mais com a palma gigante”, conta Polyanna. Com o novo projeto financiado pela Fapemig, até setembro está prevista a instalação de sete unidades demonstrativas da palma forrageira, nos municípios de Leme do Prado, Minas Novas, Chapada do Norte, Berilo, José Gonçalves de Minas, Jenipapo de Minas e Francisco Badaró, que receberão as variedades e capacitação dos técnicos da Emater. O coordenador técnico da Emater em Janaúba, André Caxito, conta que a palma, amplamente difundida no Nordeste do Brasil, começou a ter seu uso difundido no Norte de Minas Gerais há quatro anos, também em parceria com a Epamig. Neste período, 200 mil mudas (raquetes) foram distribuídas para produtores de 27 municípios. “Quem recebia a palma firmava o compromisso conosco de, no primeiro ano de colheita, disponibilizar pelo menos 10% das mudas para outros produtores. Assim, fomos multiplicando a cultura na região, pois ela consegue aguentar os longos períodos de estiagem que estamos passando aqui”, afirma. A palma deve ser plantada 30 dias antes do início do período chuvoso, e é colhida um ano após o plantio. “Depois disso, o produtor tem palma o ano inteiro, e não precisa esperar o período da seca para utilizá-la”, explica o coordenador técnico da Emater Janaúba, André Caxito. Para adotar a cultura, Amaral recebeu mudas da Epamig e assistência técnica da Palma1Emater-MG. “Ninguém plantava antes, mas quando a seca pegou, todo mundo começou a plantar a p
alma. Tenho mais ou menos 1.400 raquetes plantadas, que me ajudam muito nas épocas piores de estiagem”, conclui.

Por Editor1

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