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tocha (9)O dia 7 de setembro de 2016 será  uma data especial para os integrantes do “Araxá Dance Company”, um grupo de dança inclusiva de Araxá que vai representar a cidade e Minas Gerais nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro. As Paralimpíadas são um evento esportivo internacional que conta com a participação de atletas com deficiências sensoriais e físicas. A edição de 2016 (15ª edição) acontecerá na cidade do Rio de Janeiro, no período de 7 de setembro (cerimônia de abertura) a 18 de setembro (cerimônia de encerramento). Ambas as cerimônias ocorrerão no Estádio do Maracanã. De acordo com estimativas, deverão participar mais de 4 mil atletas de cerca de 160 países. Nas Paralimpíadas de 2016, serão disputados eventos de 23 esportes paralímpicos. A instituição responsável pela organização é o Comitê Paralímpico Internacional, fundado em 22 de setembro de 1989.  O lema dos Jogos Paralímpicos é “Espírito em movimento”. Ele foi criado no ano de 2004, para os Jogos Paralímpicos de Atenas.  Os primeiros jogos paralímpicos foram realizados em 1960, na cidade de Roma (capital da Itália).  O melhor desempenho do Brasil em jogos paralímpicos ocorreu em 2012, nas Olimpíadas de Londres, quando os atletas paralímpicos brasileiros conquistaram 43 medalhas. Ficamos em 7º lugar no quadro de medalhas, com 21 de ouro, 14 de prata e 8 de bronze.

Conquistas e a realização de um sonho

Segundo a idealizadora e coordenadora do “Araxá Dance Company”, Wanêssa Borges Alves, “o nosso projeto cultural e artístico é um grupo inclusivo, que foi criado no ano de 2009, em Araxá, com o objetivo de promover, incentivar, ofertar oportunidade de arte, cultura e dignidade às pessoas portadoras de necessidades especiaias para cadeirantes”. Ela explica: “A gente começou com três cadeirantes e hoje já somos sete cadeirantes, dois muletantes, quatro pessoas com mobilidade reduzida e os andantes, que são as pessoas que dão suporte e equilíbrio nas ações e atividades do grupo.” Wanêssa conta ainda: “O nosso grupo já participou de várias apresentações. Competições, festivais e campeonatos por todo o Brasil”. Hoje o grupo é filiado à Confederação Brasileira de Cadeira de Rodas, representando Minas Gerais. A coordenadora diz que “o Araxá Dance Company, na categoria profissional, agrega 15 pessoas, mas, a partir das atividades profissionais, também nasceu outro projeto social que é o ‘Araxá Dance Company Comunidade’, onde os  protagonistas do grupo principal atuam como agentes multiplicadores, levando, de graça, à toda comunidade de Araxá, arte, cultura e cidadania nos setores onde a população não tem oportundiade cultural. Esse braço do grupo leva para todos os cantos da cidade dança, música, contação de história, além de atendimento psiquiátrico por meio da dançaterapia.” Ela garante que o grupo é a inspiração do projeto. “Ele vive de espetáculos e apresentações, onde a gente ganha uma cachê ou auxílio nas competições para a manutenção do projeto e promoção das ações à comunidade.” E é com emoção e muito orgulho que Wanêssa Alves garante: “Foi graças ao esforço e empenho do grupo ao longo desses sete anos que o Comitê Paralímpico tomou conhecimento da seriedade e do sucesso do projeto e procurou o Grupo de Araxá, fazendo o convite para o ‘Araxá Dance Company’ para representar Minas Gerais na abertura oficial dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, no dia 7 de setembro, no estádio do Maracanã. A gente vai viajar para a cidade do Rio de Janeiro no dia 5 de agosto, para treinar e ensaiar, com a coreógrafa oficial do Comitê Paralímpico, a performance que será apresentada para o mundo.”  O grupo araxaense será representado no evento internacional por sete integrantes: Mateus Laudelino (cadeirante), Vitória Fernandes (andante), Loraine Silva (muletante), João Vitor Velasco (cadeirante),  Amanda e Miguel (andantes) e Wanêssa Borges (bailarina e  diretora).  Wanêssa afirma: “É um sonho que estamos realizando. Nós não esperávamos ser convidados para participar da abertura das Paralímpiadas do Rio. Às vezes a gente nem acredita que é verdade, pois somos um grupo de uma cidade pequena do interior de Minas Gerais, enquanto nos grandes centros do Brasil existem grandes grupos com estrutura, elenco top e muitos apoios e patrocínios.”  Para chegar com sucesso e reconhecimento ao evento internacional, o grupo não tem moleza. Os ensaios são realizados na sede alugada, que fica na Rua Cônego Cassiano, quatro vezes por semana, numa média de 5 horas por dia. Segundo Wanêssa “aquela sementinha plantada em 2009 já está dando bons frutos. É muito gratificante para a gente ver que a partir do projeto, já são evidentes a melhora na qualidade de vida, autoestima dos cadeirantes e portadores de necessidades especiais. É bom a gente deixar claro que o ‘Araxá Dance Company’ é muito mais que um projeto de arte e cultura; para nós, ele é a realização de sonhos quase impossíveis e a abertura de infinitas possibilidades na vida dessas pessoas. O projeto é uma prova viva de que tudo é possível e que, mesmo num cenário repleto de dificuldades e discriminações impostas pela sociedade, a falta de políticas públicas voltadas para a inclusão, o que a gente tem conquistado por meio do projeto significa muito e é a verdadeira e real inclusão de que se fala muito na teoria e que a gente, do projeto, busca todos os dias com muita garra e determinação. É um projeto completo, pois além de promover a inclusão e a acessibilidade, ele ainda desenvolve a educação, a cultura, saúde e autoestima das pessoas, além de revelar talentos da dança e da superação.” Finalizando, Wanêssa revela que “o convite para a abertura das Paralimpíadas do Rio é, sem dúvida, um marco histótico para nosso Estado, pois o ‘Araxá Dance Company’ será o único grupo de cadeirantes do nosso Estado no evento internacional.”       _TOM2603 araxa_dance_company tocha (5) tocha (6) tocha (7) tocha (8) XX 2 XX 3 XX 5 XX 6 XX R

Por Editor1

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