A extinção da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), com a consequente transferência de suas atribuições para outros órgãos da administração estadual, conforme o Projeto de Lei nº 3.503/2016 do governo mineiro, recebeu o repúdio da Federaminas e das associações comerciais que integram o sistema. Esta posição foi manifestada pelas entidades durante audiência pública que a Comissão de Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa realizou no dia 8 de junho para discutir a matéria, ocasião em que o presidente Emílio Parolini alertou para os reflexos negativos da proposta. O líder empresarial enfatiza que é total o descontentamento do sistema das associações comerciais com a proposição do governo Fernando Pimentel. A eventual extinção da pasta, argumenta ele, descentralizará as informações relacionadas à economia mineira, que passarão a ser controladas por interesses diversos, o que deverá acarretar maior burocracia e perda do foco de desenvolvimento econômico e de todas as frentes gerenciadas pela Sede. Ademais, acrescenta, a medida resultará para o empresariado em perda de importante canal de diálogo com a administração estadual em torno de assuntos relacionados ao setor produtivo. Realizada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico da ALMG, por requerimento dos deputados Antônio Carlos Arantes, seu presidente, e Felipe Attiê e Fábio Avelar, a audiência pública teve a finalidade de discutir o projeto de reforma administrativa, contida em 20 mensagens do governador encaminhando 18 projetos de leis, um projeto de lei complementar e uma proposta de emenda à Constituição. A ênfase foi o PL nº 3.503/2016, que dispõe sobre a estrutura orgânica da administração pública do Poder Executivo do Estado e extingue a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, ao transferir suas atribuições para outros órgãos, como a Companhia de Desenvolvimento Econômico (Codemig) e a Secretaria de Estado da Fazenda (SEF). Para o presidente da Federaminas Emílio Carlos Parolini, enxugar a máquina administrativa é uma providência imperativa para reduzir os gastos públicos, mas ela não deve ser buscada à custa do desmantelamento de um sistema que comprovadamente já se mostrou da maior importância para divulgar as potencialidades da economia mineira, atrair investimentos produtivos e, assim, fomentar o desenvolvimento econômico e social de Minas.