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SemMiseria1O Brasil Sem Miséria, realizado em Minas Gerais por meio de um acordo de cooperação técnica entre os governos federal, estadual e a Emater-MG, tem melhorado a qualidade de vida de muitos trabalhadores rurais, com projetos de geração de renda. Entre 2014 e 2016, o programa destinou cerca de R$ 19,5 milhões para o estado, contemplando mais de 8 mil famílias de agricultores mineiros. A meta é chegar a 9,7 mil beneficiários até o fim do ano. O Brasil Sem Miséria é executado, no estado, pela Emater-MG. Segundo o gestor do programa, Danilo Alvarenga, o foco tem sido o fomento de atividades que beneficiem famílias de agricultores em situação de vulnerabilidade social. Os projetos são em áreas diversas e não precisam ser ligados, necessariamente, à agropecuária. Entre as atividades que já receberam recursos estão suinocultura, avicultura, produção de hortaliças e criação de gado, além de projetos como borracharia, marcenaria e outros de prestação de serviço.  “A repercussão do programa é grande nos pequenos municípios e na zona rural porque gera renda, movimenta a economia local e, principalmente, garante a sustentabilidade das famílias”, afirma Danilo Alvarenga. O Brasil Sem Miséria é direcionado a agricultores familiares em situação de extrema pobreza, ou seja, com renda per capta de até R$ 77,00 por mês, e que estejam incluídos no Cadastro Único do Governo Federal. Os beneficiários recebem até R$ 2,4 mil a fundo perdido para investir em um projeto produtivo. Os extensionistas da Emater ajudam as famílias a elaborarem os projetos para receber os recursos, dão assistência técnica na implantação da atividade e orientações sobre a comercialização. Em São João da Lagoa, no Norte de Minas Gerais, os técnicos acompanham a execução de 75 projetos, três coletivos e os outros individuais. A vocação da região de São João da Lagoa para a produção de hortaliças favoreceu a implantação de uma horta comunitária para 30 famílias. Com o dinheiro do programa Brasil Sem Miséria, o grupo cercou o terreno de 8 mil metros quadrados cedido pela prefeitura, comprou uma caixa d´água de 20 mil litros para irrigar a horta, tubulações, ferramentas, adubos e sementes. O projeto da horta começou em 2015. Orientadas pela Emater, as famílias utilizaram a técnica agroecológica para o cultivo de cenoura, beterraba, abobrinha, alface, couve, pimentão, tomate, alho, quiabo, repolho e diversos temperos verdes. A primeira colheita, feita no ano passado, foi um sucesso e serviu para o consumo das próprias famílias e o restante foi vendido para as escolas dentro do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O extensionista da Emater em São João da Lagoa, Claudio Oliveira, ressalta os resultados projeto. “Melhorou a qualidade de vida das famílias. Teve gente que até conseguiu comprar itens como eletrodomésticos para casa”, destaca. A agricultora familiar dona Maria Tereza de Jesus é entusiasmada com o trabalho na horta comunitária. Ela considera a atividade uma terapia e também uma forma de conseguir uma renda extra. “O dinheiro da venda das verduras ajuda nas despesas da casa, na compra de alimentos e remédios”, relata dona Tereza, que divide o tempo cuidando da propriedade de dois hectares, onde tem uma pequena lavoura de café, cria galinhas e planta frutas.

Por Editor1

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