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20160512182901_654 Minas Gerais vai contar com um Polo de Excelência em Piscicultura Ornamental na região da Zona da Mata. Instituído por lei, o polo tem entre suas missões: incentivar a produção e a comercialização de peixes ornamentais; fomentar o desenvolvimento e a divulgação de tecnologias para o cultivo; contribuir para a geração de empregos e para o aumento da renda no meio rural, sobretudo para a agricultura familiar e o desenvolvimento sustentável; criar condições para atrair novos negócios; entre outros objetivos. Com a nova legislação, publicada esta semana no Diário Oficial Minas Gerais, representantes dos produtores e das entidades públicas e privadas do segmento vão atuar diretamente com o Estado na implementação do polo. Como diretrizes das ações governamentais, devem ser levados em conta oito tópicos, entre eles o fornecimento de assistência técnica aos produtores (gratuita para agricultores familiares), a contribuição para o desenvolvimento de parcerias e de ações de capacitação profissional, além da disseminação de boas técnicas de manejo, entre outros eixos. De acordo com a diretora da Aquacultura e Pesca da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Ana Carolina Euler, a ideia é que o Estado trabalhe com foco na regularização dos empreendimentos aquícolas e oportunidades para os produtores. “O polo trará maior visibilidade ao setor, requerendo dos produtores maior profissionalismo. E também, consequentemente, a busca pela regulação dos empreendimentos, o que permitirá o acesso ao crédito”, destaca. Segundo Ana Carolina, 70% dos peixes ornamentais de água doce, oriundos da produção, comercializados nacionalmente, são produzidos na Zona da Mata por aquicultores familiares. “O futuro é promissor. Peixe ornamental, como ‘pet’, é o segundo hobby nacional, atrás apenas de cães. Hoje, tudo o que se produz é comercializado e a procura vem imagessssaumentando consideravelmente”, sinaliza a diretora. Em Patrocínio do Muriaé e em Barão do Monte Alto, municípios inseridos neste território de desenvolvimento, há 10 anos, uma associação dedica-se à representação de piscicultores e ao fomento da piscicultura ornamental. Trata-se da Associação dos Aquicultores de Patrocínio do Muriaé-Barão do Monte Alto (AAQUIPAM-BMA), que espera, com o polo, benefícios como a criação de linhas de crédito específicas para os produtores e uma sensibilização no reconhecimento da atividade junto aos demais órgãos fiscalizadores. Criar um Centro de Referência em piscicultura ornamental na Zona da Mata, inserido no polo, é um objetivo trabalhado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), com o projeto no Campo Experimental da instituição, em Leopoldina, na Zona da Mata.  A proposta é, inclusive, segundo a Epamig, gerar informações e conhecimento para aprimorar o desempenho técnico, ambiental e econômico deste agronegócio. A iniciativa, no momento, encontra-se em fase de implantação, sobretudo para a aquisição e instalação de equipamentos e maquinários. “O centro terá como premissa básica a geração e difusão de tecnologia, em trabalhos conjuntos com instituições públicas e com o envolvimento dos diversos seguimentos da Cadeia Produtiva da Piscicultura Ornamental Mineira”, observa a pesquisadora da Epamig, Elizabeth Lomelino. Os recursos para os projetos de pesquisa, observa Elizabeth, serão obtidos por meio de instituições como Fapemig, Embrapa, entre outras.
índiceA Câmara Técnica Setorial da Aquicultora, instituída pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), existe há aproximadamente dois anos. De caráter consultivo, promove fóruns para debates e estudos das atividades ligadas ao setor, com duas cadeiras dedicadas a representantes do setor ornamental.

Por Editor1

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